World Nutrition Rio 2012 terá workshop do BioFORT e HarvestPlus

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Nesta semana, nutricionistas de todo o mundo se reunirão no Rio de Janeiro para discutir diferentes formas em que a políticas e programas efetivos de nutrição e alimentação protejam, preservem e melhorem a saúde.

O World Nutrition Rio 2012 tem como tema geral Conhecimento, Política e Ação e acontecerá entre 27 e 30 de abril, reunindo cerca de 1000 participantes, entre eles pesquisadores, gestores, profissionais e estudantes.

O HarvestPlus irá participar de um importante worskhop dia 29, domingo: “Como o setor da agricultura pode melhorar a nutrição: o papel da biofortificação, coordenado pela Marília Nutti, da Embrapa Agroindústria de Alimentos e líder da rede de projetos BioFORT, e pela Fabiana Moura, do HarvestPlus (Estados Unidos). Os palestrantes irão apresentar as bases de como o desenvolvimento de culturas fortificadas têm se mostrado efetivo no melhoramento nutricional da agricultura. Os exemplos abrangerão todo o cenário internacional, apresentando desde o arroz rico em Zinco em Bangladesh à batata-doce de polpa alaranjada, rica em beta-caroteno, em Uganda e no Brasil.

Confira o Workshop do programa:

“Reduzindo a deficiência de micronutrientes através da biofortificação – Do conhecimento para a ação”
Fabiana Moura, HarvestPlus

“Aumentando a ingestão de micronutrientes em mulheres e crianças pré-escolares com culturas biofortificadas em ferro e zinco: Caso de uma análise simulada em Moçambique e Tailândia”
Mourad Moursi, HarvestPlus

“Como a batata-doce rica em vitamina A está melhorando a nutrição na África: Caso de Uganda e Moçambique”
Anna-Marie Ball, HarvestPlus

“Biofortificação no Brasil: Uma abordagem alimentar para reduzir deficieências em micronutrientes”
Marília Nutti, Embrapa Agroindústria de Alimentos

“Uma proposta para um estudo de melhoramento com culturas biofortificadas em ferro, zinco e pró-vitamina A no programa de merenda escolar no Brasil”
Raquel Simões Mentes Netto, Universidade Federal do Sergipe

Não poderá comparecer? Siga @projetobiofort e @HarvestPlus no twitter. Um resumo do worshop, incluindo as apresentações em PowerPoint e entrevistas com os palestrantes serão disponibilizados no início de maio.

Prêmio Péter Murányi será entregue hoje em São Paulo

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Hoje, em São Paulo, a Fundação Péter Murányi promove a solenidade de entrega dos prêmios aos finalistas da edição 2012. O projeto biofortificação de alimentos, da Embrapa, ficou em segundo lugar e será representado pela pesquisadora Marília Nutti, líder da Rede BioFORT.

Nesta edição, o vencedor foi o Instituto Agronômico de Campinas (IAC) com a variedade de mandioca IAC 576-70 usada como estratégica para a segurança alimentar junto às populações pobres. Um total de 126 instituições de pesquisa participaram do processo seletivo.

Local:
Espaço Rosa Rosarium
Rua Francisco Leitão, 416
Pinheiros – S. Paulo
19h30

Evento mostrará atuação da Embrapa em alimentos biofortificados

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No próximo sábado, 14 de abril, a Embrapa Milho e Sorgo participa em Patrocínio-MG de evento sobre milho, que acontece na escola agrotécnica da cidade.

O evento, realizado em área plantada dentro da escola, terá um espaço destinado à Embrapa, que apresentará o Biofort (Projeto de Biofortificação de Alimentos) e mostrará os quatro produtos trabalhados, dentro deste projeto, na cidade: feijão, milho, batata-doce e mandioca. Além disso, o processo de beneficiamento do milho será mostrado, incluindo a debulha, a classificação de sementes e a embalagem.

O trabalho começou em 2011, quando, através de convênio entre a Embrapa e a Prefeitura Municipal de Patrocínio, foram realizados dias de campo sobre a implantação de unidades demonstrativas das quatro culturas e sobre biofortificação. “Toda a produção será distribuída para os CDCs (Conselhos de Desenvolvimento Comunitário), os quais repassam aos seus associados. Estes produtores plantam as sementes, as mudas e as manivas (caules dos pés de mandioca) e, depois, usam na sua própria alimentação, como também nas escolas, enriquecendo o cardápio alimentar”, explica o secretário municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento Osmar Pereira Nunes Júnior.

Ele conta que, neste primeiro momento do projeto, estão sendo atendidas todas as comunidades rurais com distribuição de sementes de milho, feijão e, em menor quantidade, ramas de batata-doce: “a mandioca será distribuída no final do ano para plantio e, consequentemente, nesta época terá maior produção de manivas, permitindo assim atender um número maior de produtores”.

Além da Embrapa Milho e Sorgo e da prefeitura, através da secretaria municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o projeto tem como parceiros a Fundação Comunitária Educacional e Cultural de Patrocínio, o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável, através dos CDCs, a Escola Agrotécnica Sérgio de Freitas Pacheco e o escritório local da Emater-MG. Da Embrapa Milho e Sorgo, participam do evento de sábado Fredson Ferreira Chaves e Roberto de Jesus das Neves.

O Biofort – Coordenado pela Embrapa, o projeto é responsável pela biofortificação (processo de cruzamento de plantas da mesma espécie visando à geração de cultivares mais nutritivas, ou seja, é o melhoramento genético tradicional) de alimentos no Brasil e objetiva diminuir os níveis de desnutrição de parte da população e aumentar a segurança alimentar através de maiores teores de ferro, zinco e vitamina A nos produtos.

O projeto recebe apoio dos programas HarvestPlus e AgroSalud, consórcios de pesquisa que atuam na América Latina, na África e na Ásia com recursos financeiros da Fundação Bill e Melinda Gates, do Banco Mundial e de agências internacionais de desenvolvimento. No Brasil, participam mais de 150 pessoas de diferentes áreas de atuação de 11 estados brasileiros. Só da Embrapa, são 11 unidades que trabalham com alimentos que compõem a dieta básica da população, entre eles os quatro do projeto de Patrocínio.

Clenio Araujo
Jornalista da Embrapa Milho e Sorgo
Contatos: clenio@cnpms.embrapa.br (31) 3027-1223 / (31) 9974-3282

Palestras no Banco Mundial discutem a biofortificação de alimentos

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Utilizando técnicas de melhoramento genético clássico para obter cultivares de alimentos mais nutritivos, a biofortificação foi o meio encontrado por pesquisadores para melhorar a ingestão de micronutrientes nas dietas de famílias pobres. A Embrapa participa de uma rede mundial, a HarvestPlus, que agrupa pesquisadores de vários países em torno do assunto, e formou no Brasil a BioFORT, uma rede com mais de 150 especialistas de 11 centros da Embrapa, universidades, prefeituras e escolas técnicas de agricultura. Seu trabalho nessa área foi contemplado como um dos finalistas do Prêmio Péter Murányi 2012-Alimentação. Marília Regini Nutti, pesquisadora da Embrapa Agroindústria de Alimentos e coordenadora da BioFORT, receberá a Menção Honrosa em cerimônia marcada para 18 de abril em São Paulo.

O BioFORT pesquisa oito tipos de culturas: milho, feijão, mandioca, arroz, batata-doce, feijão caupi ou fradinho, trigo e abóbora. Como resultados, os pesquisadores conseguiram, por exemplo, cultivares de arroz com 18 miligramas (mg) de zinco e 4 mg de ferro por quilo, contra a média de 12 mg de zinco e 2 mg de ferro das variedades convencionais. O feijão do tipo carioca, na média, contém 50 mg de ferro e 30 mg de zinco por quilo, enquanto a rede conseguiu cultivares que atingem teores de 90 mg de ferro e 50 mg de zinco por quilo.

A deficiência de micronutrientes como ferro, zinco e vitamina A é um sério problema de saúde pública em países em desenvolvimento. A falta de ferro e zinco pode causar anemia, problemas no sistema imunológico, retardo no desenvolvimento e até a morte. A vitamina A é essencial para a saúde da visão e defesa do sistema imunológico.

Já foram lançadas cultivares de arroz, do feijão, feijão caupi, batata-doce e mandioca. A rede deve lançar este ano uma nova cultivar de milho. “Nosso foco são os produtores dos assentamentos rurais. Mas com o trigo, vamos desenvolver uma nova abordagem porque é um cultivo praticado por grandes produtores”, explica Marília Nutti. Hoje, a rede opera projetos-pilotos em Sergipe, Maranhão, Minas Gerais, Piauí e Rio de Janeiro envolvendo associações de produtores, escolas, prefeituras, universidades e centros de pesquisa.

A Embrapa tem firmado parcerias com prefeituras para garantir assistência técnica aos produtores interessados nos cultivos biofortificados e compromisso de compra da produção para uso na merenda escolar. “Com isso, há garantia de venda da produção e, consequentemente, conseguimos fazer com que um alimento mais nutritivo chegue às crianças, contribuindo para a promoção da saúde e do bem-estar”, exemplifica Marília.

Os pesquisadores utilizam os bancos de germoplasma da Embrapa para selecionar as cultivares mais promissoras para o melhoramento genético. No caso da mandioca, por exemplo, foram analisados mais de mil acessos. “Procuramos qual era mansa, mais macia, de boa produtividade e as mais amarelas (indicativo de presença de carotenoides para oferta de vitamina A). Chegamos à BRS Jari que tem até 9 µg de betacaroteno por grama em raízes frescas. Em variedades de polpa branca não há teores expressivos de betacaroteno. Assim, conseguimos um alimentos mais nutritivo e que tem forte presença na dieta da população”.

O BioFORT prepara agora um novo estudo que vai envolver duas creches. Cerca de 300 crianças serão divididas em dois grupos: um vai se alimentar de produtos biofortificados e outro não. Os pesquisadores vão comparar e verificar o impacto nutricional na dieta das crianças.

Sobre o Prêmio: O Prêmio Péter Murányi visa reconhecer os trabalhos que contribuem para a melhoria da qualidade de vida das populações situadas abaixo do paralelo 20 de latitude norte do globo, especialmente a brasileira. Em 2012, o foco do Prêmio foi “Alimentação”. Um total de 126 instituições de pesquisa participou desta edição. Os trabalhos indicados foram avaliados por uma comissão composta por especialistas na área que escolheu os três finalistas. Estes foram submetidos a um júri que indicou, por voto secreto, o vencedor.

Nesta edição, o trabalho vencedor foi “A variedade de mandioca de mesa IAC 576-70 como agente transformador na segurança alimentar de populações de baixa renda, pequenos agricultores e patrimônio genético do Instituto Agronômico de Campinas (IAC)”. O terceiro finalista foi o projeto “Inovações Tecnológicas para o Desenvolvimento de Coprodutos Derivados dos Resíduos das Agroindústrias Processadoras de Maracujá”, da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, que integra o projeto APL-Maracujá, liderado pela Embrapa Agroindústria de Alimentos.

Os finalistas serão convidados para participar da 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorrerá em julho de 2012 na Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Na oportunidade, eles apresentarão os resultados de seus trabalhos em uma sessão especial. Mais informações: www.fundacaopetermuranyi.org.br

Outras informações:
Acadêmica Agência de Comunicação
www.academica.jor.br
(11) 5549-1863 / 5081-5237
 erika@academica.jor.br

Embrapa Agroindústria de Alimentos
Pesquisadora Marília Nutti
marilia@ctaa.embrapa.br ou (21) 3622 9755
Jornalista Soraya Pereira (MTB 26165/SP)
soraya@ctaa.embrapa.br ou (21) 3622 9739 ou 9881 0535

Reportagens sobre a batata-doce Beauregard são exibidas no Globo Comunidade-DF

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No início de fevereiro deste ano (2012), duas reportagens do programa Globo Comunidade do Distrito Federal destacaram a batata-doce biofortificada de polpa alaranjada (Beauregard). A primeira matéria foca a produção da cultivar e suas características, comparando-a com a batata-doce comum, e a segunda ensina três receitas fáceis com a Beauregard de dar água na boca.

Embora tenha sido lançada em 2010, a batata-doce Beauregard é cultivada desde 2009 pela família Falqueto, cujos filhos têm o prazer em mostrar sua atraente coloração alaranjada aos seus amigos, que experimentam e aprovam. Além da coloração incomum, a raiz tem alta concentração de pró-vitamina A (115mg/100g de raiz), que chega a ser 10 vezes maior que a batata-doce comum (10mg/100g de raiz).

Além disso, a cultivar pode ser plantada em qualquer região do país, com exceção do inverno rigoroso da Região Sul. As técnicas de manejo e cultivo são as mesmas da variedade branca e seu custo de produção é baixo por não ser necessário o uso de herbicidas.

Por isto que técnicos da Embrapa recomendam a cultura como ideal à Agricultura Familiar. Wérito Melo, pesquisador da Embrapa Hortaliças, defende a escolha da batata-doce Beauregard: “A Região Nordeste é a que mais sofre com a carência de pró-vitamina A, a batata-doce é rústica, resistente à seca, fácil de produzir e faz parte da dieta do brasileiro”.

Para Fernanda Rausch, da Embrapa Hortaliças, o desafio maior é “promover a aceitação no mercado, para que a sociedade conheça melhor os benefícios da batata-doce de polpa alaranjada, aumentando assim a demanda por um produto diferenciado”. José calcula, que em média, vende uma batata-doce Beauregard a cada dez da variedade de cor branca.

Para que a variedade fique ainda mais disponível para produtores, Geovani Amaro, da Embrapa Meio-Norte, foca na “multiplicação das ramas para distribuição, através de parcerias do setor público e privado como Institutos Federas, Embrapa e Emater”. Segundo José Falqueto, pai da família, a cultivar da batata-doce de polpa alaranjada é “três vezes mais produtiva do que a de cor branca, sendo “limpa”, livre de viroses e é ligeira para produzir, produz mais no mesmo tempo que a outra, tem cor bonita e dá pra fritar, assar, fazer doce e até bolo”.

No segundo vídeo, a repórter Flávia Marsola encontrou com Rosa, Engenheira de Alimentos, no Instituto Federal de Brasíla para ensinar três receitas com a polpa da batata-doce de polpa alaranjada.

A primeira receita é de como se fazer um bolo com a Beauregard, com os ingredientes:

  • 300g de batata-doce biofortificada de polpa alaranjada triturada no liquidificador
  • 1 xícara de óleo
  • 3 ovos
  • 2 xícaras de farinha de trigo
  • 2 xícaras de açúcar
  • 1 colher de fermento em pó

Primeiro lave a raiz, sanitize-a e corte-a, após o corte, triture a polpa no liquidificador. Ainda no recipiente, acrescente a xícara de óleo, os três ovos inteiros, as xícaras de açúcar e bata no liquidificador. Após, acrescente a farinha de trigo e o fermento em pó, bata por mais alguns segundos. Em seguida, unte e polvilhe a forma de bolo, despeje a massa homogeneizada e leve ao forno, já aquecido a 180°C por 30 minutos.

A segunda receita trata de uma mousse feita com a batata-doce de polpa alaranjada:

  • 400ml do suco de polpa da batata-doce biofortificada
  • 12g de gelatina incolor
  • 1 caixa de creme de leite
  • 1 lata de leite condensado

Para não perder a pró-vitamina A da Beauregard, o ideal é utilizar uma processadora para obter o suco da batata, ou bater no liquidificador os pedaços da raiz e depois coar. Acrescente todos os ingredientes no liquidificador e bata até homogeneizar. Coloque num recipiente e deixe na geladeira por 4 horas para tomar a consistência de mousse. Como o produto não vai ao fogo, não se perde tanta quantidade de nutrientes.

A terceira receita nos ensina a fazer um biscoito com a batata-doce Bareugard:

  • 1 xícara de polpa de batata-doce de polpa alaranjada triturada
  • 2 xícaras de farinha de trigo
  • 1 colher de sopa de margarina
  • 1 ovo
  • 1/2 xícara de açúcar
  • 1 colher de sobremesa de fermento em pó

Coloque a farinha de trigo numa assadeira e acrescente a polpa da batata-doce biofortificada, o açúcar, o ovo e a margarina. Misture tudo com as mãos. Não há necessidade de soltar muito a massa, pois não é um biscoito que precisa crescer. Após mexer um pouco, adicione o fermento. A massa tem que tomar uma consistência de forma que dê para enrolá-la na mão. Se ela não chegar a este ponto, adicione mais um pouco de farinha de trigo e continue a amassá-la. Após, unte as mãos com óleo para enrolar os biscoitos, dando o formato que preferir. Coloque na forma untada e leve ao forno já a 180°C por 20 minutos.

Para fazer a batata-doce de polpa alaranjada cozida, basta deixá-la fervendo por apenas 13 minutos, pois ela tem uma capacidade maior de absorver água do que a de variedade branca, tendo um tempo de cozimento menor.

As duas reportagens ainda foram aproveitadas, de forma bem resumida no Globo Rural. Confira os vídeos nos links abaixo (copie e cole em seu navegador):

http://g1.globo.com/videos/distrito-federal/t/todos-os-videos/v/globo-comunidade-df-mostra-como-a-tecnologia-beneficia-os-plantios/1808648/

http://g1.globo.com/videos/distrito-federal/t/todos-os-videos/v/batata-doce-alaranjada-pode-ser-ingrediente-de-varias-receitas/1808551/

http://g1.globo.com/videos/distrito-federal/t/todos-os-videos/v/agricultores-do-entorno-de-Brasilia-apostam-em-nova-variedade-de-batata-doce/1794555/

Texto: Caio Fidry

Outras informações:
Jornalista Soraya Pereira (MTB 26165/SP)
Embrapa Agroindústria de Alimentos
(21) 3622 9739

Equipe BioFORT discute integração de quatro projetos simultâneos

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Com a finalidade de debater as atividades complementares e adequar as propostas às necessidades de integração entre os projetos recém-aprovados pelos Macroprogramas (MP) 4, 5 e 6 do edital da Embrapa e pela Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica (Fapitec), integrantes da rede BioFORT reuniram-se em Brasília, nos dias 1 e 2 de fevereiro, com os os respectivos gestores dos macroprogramas Maria Cristina Oliveira, Maristela Jesus da Silva e Marcelo Gastal, mais o chefe substituto do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa (DPD), André Alarcão.

O MP4, liderado por Marcos Jacob (Embrapa Meio-Norte), pretende estudar a adoção e uso de cultivos biofortificados por produtores rurais e merendeiras escolares. O MP5, liderado por Antônio Flávio Dias Ávila (Secretaria de Gestão Estratégica da Embrapa) avaliará a adoção e os impactos econômicos e sociais gerados pela transferência de tecnologia. Fernando Curado, da Embrapa Tabuleiros Costeiros, lidera o projeto (MP6) focado na na agricultura familiar. Por fim, e o projeto liderado pela Raquel Simões, que conta com recursos da Fapitec, avaliará os impactos nutricionais dos cultivos biofortificados na dieta de crianças pré-escolares.

Para Marília Nutti, líder da rede BioFORT e pesquisadora da Embrapa Agroindústria de Alimentos, a reunião foi muito positiva. “Preenchemos as lacunas entre os quatro projetos para ganhar uma sincronia harmônica entre nossas atividades”. Segundo a líder, a rede BioFORT se reúne semestralmente, para acompanhar o andamento das atividades e traçar as projeções futuras. A próxima reunião ocorrerá ainda este semestre.

Texto: Caio Fidry e Soraya Pereira

Primeiro Brazilian Zinc Day debateu os efeitos da fertilização nas cultivares e na saúde humana

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Para abordar problemas de carência e disponibilidade de zinco e métodos que podem aumentar e encorajar sua fertilização em solos, ocorreu na última terça-feira (6 de dezembro), em Campinas, o Brazilian Zinc Day, organizado pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Projeto HarvestZinc, HarvestPlus e Universidade de Sabanci (Turquia). O evento foi o primeiro Zinc Day no Brasil, após passar por China, Índia e Tailândia.

Reunindo 200 profissionais interessados nos efeitos do mineral na saúde e no campo, em maioria, representantes de empresas líderes em fertilização, como a Tec-Fertil, e universidades voltadas à agricultura, como a Universidade de Lavras, Universidade de São Paulo e Universidade de Sabanci, o evento debateu a deficiência do zinco, seus efeitos na saúde humana, a aplicação deste mineral nos cultivos e a eficácia dos fertilizantes com zinco em culturas cítricas, frutíferas, no café, cana-de-açúcar, soja, trigo, arroz e milho.

Entre os destaques do Brazilian Zinc Day, o Dr. Ismail Cakmak, da Universidade de Sabanci, proferiu a palestra “Por que as plantas necessitam de zinco?”, onde afirmou que “o Brasil pode desenvolver um programa de biofortificação agronômica com fácil e efetiva realização. A exportação de alimentos biofortificados com zinco para alguns países em desenvolvimento representaria uma importante contribuição brasileira à saúde humana e qualidade de vida em caráter internacional”. Ao final de sua palestra, apresentou um vídeo de um longo trabalho, comparando, de um lado, o trigo fortificado com zinco e, do outro lado, a cultivar deficiente deste mineral sob as mesmas condições naturais. A velocidade de crescimento, bem como a altura e ramificação das folhas da espécie fortificada foi expressivamente atenuada em relação à segunda.

Por sua vez, a coordenadora do Harvest Plus no Brasil, a pesquisadora da Embrapa Agroindústria de Alimentos, Marília Nutti, líder do projeto BioFORT, proferiu a palestra “Importância da produção de alimentos biofortificados para o Brasil”, apresentando o projeto, seu histórico, suas parcerias ao redor do mundo, as cultivares melhoradas em ferro, zinco e pró-vitamina A já lançadas e seus resultados. A pesquisadora considerou o evento como “um importante marco para a implementação das parcerias necessárias entre os trabalhos já realizados”e salientou a necessidade de “cooperação entre os esforços da biofortificação em melhoramento genético e os de biofortificação agronômica. Devido a importância do evento, Marília Nutti lançou o curta de 6 minutos “Biofortificação no Brasil”, do diretor Valério Fonseca, ilustrando a realidade social do Assentamento Vale do Bekaa, em Coroatá-MA e declarações de pesquisadores ícones em Biofortificação no mundo em paralelo com a história do projeto BioFORT.

Outros Zinc Days estão previstos para serem realizados no México e na Turquia, acompanhe pelo site www.harvestzinc.org/zinc-days. O vídeo “Biofortificação no Brasil” em breve estará disponível em www.biofort.com.br e www.hatvestzinc.org.

Texto: Caio Fidry

Primeiro Brazilian Zinc Day acontece hoje, em Campinas-SP

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Após passar por China, Índia e Tailândia este ano, chegou a vez do Brasil ter seu primeiro “Brazilian Zinc Day”, organizado pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC), em parceria com Harvest Zinc, HarvestPlus e Universidade de Sabanci (Turquia).

O evento será realizado às 9h de hoje, 6 de dezembro, no anfiteatro principal do IAC em Campinas (SP) e reunirá cerca de 200 pessoas, através de duas mesas redondas e dez palestras voltadas para o uso de zinco na agricultura e seu impacto na nutrição humana.

Proferidas por renomados pesquisadores, as palestras e demais atividades objetivam divulgar a importância do zinco, ressaltando seu impacto tanto na produção agrícola como na saúde humana e promover o intercâmbio de informações entre a pesquisa, o ensino e a assistência técnica, não apenas entre os palestrantes, como também, entre os participantes, que em maioria são profissionais de instituições públicas e empresas privadas direcionadas na geração e transferência de tecnologias e na assessoria ao produtor rural.

Dentre os palestrantes, destaca-se a presença do pesquisador turco Ismail Çakmak, da Universidade de Sabanci, que proferirá a palestra “Por que as plantas necessitam de zinco?”. A pesquisadora líder do projeto BioFORT, Marília Nutti, da Embrapa Agroindústria de Alimentos, tratará da “Importância da produção de alimentos biofortificados para o Brasil”, apresentando o histórico do projeto, os resultados, parceiros envolvidos e projeções futuras acerca da biofortificação de zinco em arroz, feijão comum, feijão caupi e trigo.

A programação completa do evento pode ser acessada em www.infobibos.com.br/zincday/programacao.html Após passar pelo Brasil, o HarvestZinc prevê outros Zinc Days na Turquia e no México. Demais informações acerca do projeto BioFORT podem ser acessadas em nosso site.

Texto: Caio Fidry

Batata-doce de polpa laranja reduz o risco de deficiência de vitamina A em crianças e mulheres em Moçambique

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Washington DC, 21 de novembro de 2011: Um estudo publicado no British Journal of Nutrition indica que a batata doce de polpa laranja é eficaz no fornecimento de vitamina A para mulheres e crianças desnutridas em Moçambique, onde a deficiência de vitamina A (VAD) é muito alto.

A VAD leva a deficiências na defesa imunológica e lesões oculares que podem causar cegueira e até a morte. Anualmente, 250 a 500 mil crianças em idade pré-escolar ficam cegas de VAD e cerca de dois terços delas morrerão dentro de alguns meses após a cegueira.

Clones desta batata doce, convencionalmente criados para serem ricos em vitamina A, foram distribuídos como parte de um projeto HarvestPlus para mais de 10 mil famílias na província da Zambézia, no norte de Moçambique. Muitas dessas famílias crescem comendo batata-doce amarela ou branca, que são pobres como fontes de vitamina A. O projeto resultou em cerca de 65% das famílias adotar o vegetal. Enquanto muitos agricultores substituíam a batata doce branca ou amarela pela de polpa alaranjada, um bom número de agricultores cultivavam pela primeira vez a “nova” batata doce. Devido à adoção da nova cultivar, o consumo das famílias aumentou substancialmente, e assim, a ingestão de vitamina A, que, em média, dobrou para crianças e mulheres.

Ao final do projeto, a batata doce de polpa alaranjada forneceu mais de 70% de toda a vitamina A requerida e foi a terceira cultura mais importante na dieta (após milho e arroz) para as crianças. Esta batata doce também forneceu mais vitamina A do que outros alimentos locais, tais como abóbora, vegetais verdes folhosos, ou manga. Disponível em cerca de 3 meses do ano, ou mais em outras regiões, este vegetal pode ajudar a fechar a lacuna VAD, quando outros alimentos ou suplementos ricos em vitamina A não estão disponíveis.

Estudos anteriores de menor escala têm mostrado que os resultados do consumo da batata doce de polpa alaranjada traz melhorias mensuráveis em vitamina A em crianças. “Nós temos mostrado agora que você pode intensificar os esforços para distribuir a batata doce de polpa alaranjada para comunidades rurais pobres e ver se traduz na ingestão do alimento e de vitamina A, especialmente em mulheres e crianças, que são mais vulneráveis às deficiências minerais e vitaminas”, diz o Dr. Christine Hotz, Coordenador de Nutrição ex-HarvestPlus que liderou o estudo. “É uma poderosa abordagem o uso da agricultura para melhorar a nutrição e saúde pública.” o vegetal também foi introduzido em outros países, incluindo a Etiópia, Gana, Quénia, Malawi, Nigéria, África do Sul, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe para combater a VAD.

Sobre o Projeto: A partir de 2007-2009, HarvestPlus e seus parceiros, inclusive o Projeto Biofort, disseminaram a batata doce de polpa laranja, para ver se VAD poderia ser reduzida, a mais de 24 mil famílias em Moçambique e Uganda. HarvestPlus lidera um esforço global para se reproduzir e disseminar culturas ricas em micronutrientes em alimento básico para reduzir a fome oculta em populações desnutridas. Faz parte do Programa de Pesquisa CGIAR sobre Agricultura para Melhor Nutrição e Saúde. É coordenado pelo Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT) e da International Food Policy Research Institute (IFPRI).

Fotos do projeto pode ser baixado em: http://bit.ly/ospmoz.

Jornal do artigo: A intervenção em grande escala para introduzir a batata doce de laranja em zonas rurais de Moçambique aumenta a ingestão de vitamina A entre crianças e mulheres. British Journal of Nutrition, CJO 2011.
Journal Article: A large-scale intervention to introduce orange sweet potato in rural Mozambique increases vitamin A intakes among children and women. British Journal of Nutrition, CJO 2011.

Parceria busca oferecer merenda mais nutritiva para estudantes

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Produzir alimentos mais nutritivos e reforçar a merenda escolar. Esse é o objetivo da parceria formalizada entre a Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG) e a prefeitura de Capim Branco, município da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

O convênio firmado prevê que a Embrapa repasse sementes e ramas de cultivares com maiores teores de nutrientes desenvolvidos pelo projeto Biofortificação no Brasil (BioFORT). Esses materiais serão multiplicados e, em seguida, plantados por agricultores familiares de Capim Branco. Os alimentos produzidos irão para as mesas das cantinas das escolas da rede Municipal de Ensino.

O termo de compromisso que prevê a cooperação foi assinado durante o Curso de Capacitação para Manipuladores de Alimentos, promovido pela Secretaria Municipal de Educação de Capim Branco e o Conselho de Alimentação Escolar nessa terça-feira, dia 23.

O chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Milho e Sorgo, Jason de Oliveira Duarte, ressaltou que a parceria é uma iniciativa pioneira na região e destacou a importância do município estar engajado em fornecer alimentos mais nutritivos para suas crianças.

A secretária Municipal de Educação de Capim Branco, Karine Andrade, afirmou empenho para melhorar a qualidade da merenda escolar. “Aluno bem alimentado tem rendimento melhor”, frisou a secretária. Cerca de mil estudantes devem ser beneficiados com a inclusão dos produtos mais nutritivos na merenda.

A parceria prevê a instalação de uma unidade de produção para multiplicação das cultivares do projeto BioFORT e disponibilização de sementes e ramas a agricultores familiares selecionados. Devem ser produzidos feijão, mandioca, milho, abóbora e batata-doce biofortificados. Os agricultores, por sua vez, devem se comprometer a retornar a produção à Prefeitura, que comprará os alimentos para utilizar na merenda escolar.

Biofortificação

A biofortificação consiste em um processo de cruzamento de plantas da mesma espécie, gerando cultivares mais nutritivas. O objetivo da biofortificação é garantir maior segurança alimentar através do aumento dos teores de ferro, zinco e vitamina A em produtos que fazem parte da dieta da população.

Texto: Marina Torres (MG 08577 JP)
Jornalista / Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG)
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