Alimentos biofortificados na merenda escolar

alimentos-biofortificados-merenda-escolar-biofort-noticias

Crianças em idade escolar do município mineiro de Capim Branco, município com menos de 10 mil habitantes localizado na região central do Estado, a 56 quilômetros de Belo Horizonte, poderão receber alimentos biofortificados na merenda escolar. Uma parceria deverá ser estruturada nos próximos meses entre Embrapa Milho e Sorgo, com sede em Sete Lagoas, Minas Gerais, Emater-MG e Prefeitura Municipal de Capim Branco, com o objetivo de incentivar a multiplicação de sementes biofortificadas de milho, feijão, arroz, mandioca, abóbora e batata-doce.

Estes alimentos, que possuem altas concentrações de ferro, zinco, vitamina A e outros minerais, poderão beneficiar cerca de mil alunos que, muitas vezes, têm na merenda escolar a única fonte de alimentação, conforme relata a secretária municipal de Educação de Capim Branco, Karine da Silva Andrade. “Nosso objetivo é fazer com que a prefeitura adquira estes produtos diretamente de agricultores familiares para oferecermos na merenda. No total, cinco escolas atendem a cerca de mil alunos que poderão ser beneficiados”, explica.

A meta da secretária tem amparo legal no Programa Nacional de Alimentação Escolar e na Lei Federal nº 11.947, de julho de 2008, que prevê que 30% dos produtos utilizados na merenda devem ser procedentes da agricultura familiar. Daí a importância e o potencial de utilização de alimentos biofortificados neste contexto. É também meta da Emater-MG investir na aquisição de produtos de agricultores familiares produzidos de forma orgânica. A empresa de assistência técnica e extensão rural realiza o acompanhamento do cultivo das lavouras.
Capim Branco é hoje reconhecida como a capital mineira da agricultura orgânica, segundo o técnico Adenilson de Freitas, da Emater-MG. “Queremos estimular esta produção, apresentando a estes agricultores o diferencial de se cultivar também alimentos biofortificados”, descreve. O chefe-adjunto de Comunicação e Negócios da Embrapa Milho e Sorgo, Jason de Oliveira Duarte, vê com bons olhos esta parceria. “É uma forma de oferecer mais renda aos agricultores familiares, já que terão garantia de compra durante o período letivo”, conclui.

As metas agora, segundo José Heitor Vasconcellos, analista responsável pela transferência de tecnologias na Unidade da Embrapa, são estruturar um contrato de parceria e iniciar a multiplicação das sementes biofortificadas. “Devemos estimular a realização de treinamentos em eventos específicos, durante a Semana de Integração Tecnológica (de 16 a 20 de maio), oferecendo capacitação a esses agricultores e estruturando vitrines demonstrativas para que a tecnologia seja reconhecida, combatendo a desnutrição”, explica.

O COMBATE À ANEMIA

O projeto de biofortificação de alimentos – BioFORT – trabalha o melhoramento genético convencional de alimentos básicos como arroz, feijão, milho, mandioca, feijão-caupi, batata-doce, abóbora e trigo. O objetivo é obter alimentos com maior teor de ferro, zinco e pró-vitamina A para combater a anemia e a deficiência desta vitamina que podem ocasionar baixa resistência do organismo e problemas de visão.

Em seis anos, pesquisadores de 11 Unidades da Embrapa já conseguiram mandiocas e batatas-doces com altos teores de betacaroteno (pró-vitamina A) e arroz, feijão e feijão-caupi com maiores teores de ferro e zinco. Aos poucos, essas variedades estão chegando aos roçados das comunidades rurais e escolas de Sergipe, Maranhão e Minas Gerais. Produtos derivados e embalagens que conservam os nutrientes também estão sendo desenvolvidos.

Jornalista da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG)
MTb / MG 06566 JP
(31) 3027-1272
gfviana@cnpms.embrapa.br

Alegria no Vale do Bekaa brasileiro

alegria-no-bekaa-brasileiro-biofort-noticias

As pessoas são felizes no Assentamento Vale do Bekaa, em Coroatá, município com cerca de 60 mil habitantes a 260 quilômetros a centro-oeste de São Luís. Amanhecer lá, é um encontro com a alegria e a esperança. As 47 famílias do assentamento, que flertam com o sucesso, estão trabalhando para transformar o lugar no primeiro pólo de produção de alimentos biofortificados da agricultura familiar no Brasil.

A expectativa dos agricultores com as cultivares de feijão-caupi, batata-doce e macaxeira, ricas em vitamina A, ferro e zinco, disponibilizadas pela Embrapa através de experimentos, é de uma revolução no sistema de produção no assentamento. “A chegada dessas cultivares está ajudando a mudar a vida da gente aqui”, diz Raimundo Cardoso Barros, 45 anos, presidente da Associação dos Produtores e Produtoras Rurais do Vale do Bekaa.

E ele mesmo tem motivo de sobra para acreditar nessa revolução produtiva no assentamento. Raimundo dá um exemplo: “Antes, as cultivares de batata-doce que eu plantava aqui levavam sete meses para produzir. Com essas cultivares da Embrapa, a produção acontece logo em noventa dias”. Outro exemplo é do feijão-caupi. O ciclo – do plantio à colheita – de outras cultivares era de 65 a 75 dias. Hoje, com a cultivar Aracê, ele colhe o feijão na vargem aos 40 dias.

Tanto a batata-doce como o feijão-caupi estão mexendo com as famílias do Vale do Bekaa brasileiro, que tem uma área de 1.070 hectares. A cultivar de batata-doce Beauregard, de poupa com cor alaranjada e rica em carotenóides pró-vitamina A, já foi multiplicada e distribuída entre os agricultores de 10 assentamentos do município, segundo a técnica agrícola Lilian Vieira, da Cooperativa de Serviços Técnicos – Coosert.

Os agricultores estão testando também 8 linhagens de batata-doce que foram avaliadas no primeiro experimento instalado em Coroatá. Já o feijão-caupi Aracê tem mostrado força no mercado consumidor da região. Raimundo Cardoso conseguiu vender, no final de 2010, apenas na feira livre de Coroatá, 300 quilos do Aracê. A cor verde-oliva do grão e o cozimento rápido chamaram a atenção dos consumidores. Agora, segundo ele, os agricultores dos demais assentamentos da região estão querendo plantar a cultivar.

A chegada da Embrapa e suas tecnologias ao Assentamento Vale do Bekaa acendeu a luz da esperança no lugar. E é simples entender o entusiasmo das famílias. Por força da legislação e do número cada vez maior de novos agricultores, eles precisam de variedades e culturas de alta produtividade. É que nas propriedades, seja assentamento ou não, os trabalhadores precisam obedecer a legislação florestal.

A legislação determina que 35 por cento de uma área têm que ser de reserva legal. Portanto, não pode desmatar. Além disso, existem as áreas de preservação ambiental. “Então, sobra muito pouco para se produzir com qualidade e quantidade suficientes para atender às necessidades dos pequenos agricultores”, diz Lilian Vieira. Mas ela acredita no esforço conjunto.

O Projeto BioFort, com o objetivo de reduzir ao máximo a fome oculta de milhares de brasileiros, principalmente do Nordeste, começou a dar os primeiros passos no Assentamento Vale do Bekaa em 2009, com os pesquisadores conhecendo a realidade dos agricultores. A primeira unidade demonstrativa foi instalada em junho de 2008, na comunidade Cinturão Verde, em São Luis, e no povoado Barreiros, no município de Arari, com batata-doce de polpa alaranjada e feijão-caupi.

Com os bons resultados, o projeto avançou este ano. Uma vitrine tecnológica, com a batata-doce Beauregard, a mandioca Jari e as cultivares de feijão-caupi BRS Xiquexique e BRS Tumucumaque está sendo instalada numa área de 600 metros quadrados. Nesta vitrine, no dia 12 de julho deste ano, será realizado uma visita técnica como parte da programação da IV Reunião de Biofortificação no Brasil, que acontecerá em Teresina.

A Embrapa desenvolve o Projeto BioFort no Maranhão em parceria com a Agência Estadual de Pesquisa e Extensão Rural do Estado, AGERP e a Cooperativa de Serviços Técnicos. As atividades são coordenadas pela agrônoma Adelana Santos, que é responsável pela área de Agroextrativista e Florestal da agência.

UM PARAISO NA CIDADE – A seis quilômetros do centro de Coroatá, na divisa das zonas urbana e rural, o Assentamento Vale do Bekaa tem alguma semelhança com o famoso Vale do Beqaa, a mais importante região agrícola no leste do Líbano. Aqui no Brasil, as famílias do Bekaa têm mesa farta, casa de alvenaria e coberta com telhas, água encanada, energia elétrica, motocicleta, televisão com antena parabólica e um largo sorriso.

A família mais abastada é a de Raimundo Cardoso, que tem quatro filhos. Raimundo, quem diria, pilota diariamente, quando precisa ir ao centro de Coroatá, um automóvel Ford Ka 2007, bem conservado, de cor preta. “Neste carro está o resultado de muito trabalho durante muito tempo”, diz ele apontando para o veículo, estacionado na garagem de Daniel Sousa, outro agricultor feliz.

O assentamento tem uma casa de farinha, escola de ensino fundamental e a sede da associação, onde acontece, no terceiro domingo de cada mês, um encontro. Lá, as famílias trocam informações, planejam atividades e fazem uma espécie de prestação de contas de tudo o que acontece na comunidade. A experiência é rica e democrática, onde todos têm vez e voz nos encontros.

A renda média de cada família chega a R$ 600. O dinheiro vem da comercialização de hortaliças, como alface, quiabo, maxixe, cheiro-verde e tomate, na feira da cidade, e de produtos como carne de boi, feijão, arroz, farinha e galinha, à Companhia Brasileira de Alimentos – Conab. Os produtos são repassados às escolas municipais para a merenda escolar.

Mas a história do Assentamento Vale do Bekaa começou a ser escrita na década de 1980, com tiros, coronhadas e panadas de facão. A página mais triste foi escrita no ano de 1987, quando um operador de máquinas, a mando do então dono da fazenda, esmagou casas e plantações com um trator. Ninguém morreu, mas as marcas da violência ainda estão na memória de todos.

O motivo de tanta violência, segundo Raimundo Cardoso, foi porque a fazenda precisava estar sem moradores para poder receber um grande financiamento e implantar um projeto, que terminou não vingando. O fato encorajou os agricultores e deu a largada para a desapropriação da área, em março de 2001. E a então Fazenda Vale do Bekaa se transformou anos depois no que viria a ser o assentamento piloto no Brasil do Projeto de Biofortificação.
 Jornalista da Embrapa Meio-Norte
fernandosinimbu@cpamn.embrapa.br
(86) 3089-9118

A grande paixão pela pesquisa com abóbora

paixao-pesquisa-com-abobora-biofort-noticias

Semíramis Rabelo Ramalho Ramos trabalha há cerca de vinte anos com a cultura da abóbora. Tempo suficiente para que a pesquisadora da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju – SE) se apaixonasse pela cultura. E foi justamente essa paixão e a certeza de que a abóbora é uma hortaliça de ampla aceitação e consumo tradicional da população, principalmente a Nordestina, que fez com que a pesquisadora da área de recursos genéticos batalhasse para incluir a abóbora no projeto de biofortificação de alimentos – BioFORT.

A pesquisadora explica que desde a primeira vez que ouviu uma palestra sobre a biofortificação, ministrada pela pesquisadora Marilia Nutti, ficou tentada a sugerir a inclusão da abóbora nos projetos. “Ela tem elevados teores de carotenóides e possui vitaminas do complexo B; sais minerais, como o cálcio e o fósforo”; explica a pesquisadora, acrescentando que a abóbora ainda tem a vantagem de possibilitar diferentes formas de preparo, tanto cozida quanto crua, para o consumo. Todas essas características foram apresentadas com veemência durante a 2ª Reunião Anual de Biofortificação, realizada em 2007, no Rio de Janeiro, pela pesquisadora. A partir daí, a abóbora passou a fazer parte do projeto coordenado pela Embrapa Agroindústria de Alimentos, junto com o arroz, feijão, milho, mandioca, feijão-caupi e batata-doce.
Vencida a batalha da inclusão da hortaliça, as pesquisas se voltaram para a identificação, seleção e avaliação de acessos locais de abóbora com boas características agronômicas e alto teor de carotenóides pró-vitamínicos A. O trabalho então começou a ser feito em parceria com a Embrapa Semiárido. “Aliamos essas pesquisas a outros projetos em andamento na Embrapa Tabuleiros Costeiros, com a participação efetiva dos agricultores dos estados de Sergipe e Bahia no processo de seleção. Já identificamos dentro das variedades crioulas, acessos de abóbora que apresentaram valores máximos de até 460 microgramas por grama.
A partir do BioFort, as pesquisas com a abóbora foram além da dimensão agronômica e das características comerciais, como cor de polpa, formato, brix e matéria seca. “Estou muito satisfeita porque a cultura passa a ser estudada também pelo aspecto nutricional”, conta a pesquisadora. Ela explica que os próximos passos serão os estudos de retenção de carotenóides e a biodisponibilidade do nutriente no organismo. Estas pesquisas serão feitas pelos parceiros Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade de São Paulo (USP) e Embrapa Agroindústria de Alimentos.

Produtos – Durante os trabalhos no campo, a pesquisadora Semíramis Ramos percebeu a necessidade de ampliar o conhecimento dos agricultores sobre as formas de consumo da abóbora. “É preciso incentivar a diversificação do consumo, já que a hortaliça é muito versátil. Pode-se aproveitar o fruto, flores, folhas e sementes”, explica a pesquisadora.

Uma primeira experiência para incrementar a diversificação deste consumo foi realizada em 2008, com agricultores dos municípios de Simão Dias e Carira, localizados no Agreste sergipano. A parceria com o programa Sesi Cozinha Brasil, Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e o Movimento dos SemTerra (MST) possibilitou a realização do curso “Educação alimentar: aprendendo a preparar novas receitas com abóbora”. “Houve um retorno muito bom dos agricultores, inclusive dos integrantes das suas famílias, o que mostra que é possível, por meio da divulgação da informação e treinamento, incentivar novas formas de consumo”, conta Semíramis.

Para a pesquisadora, participar do BioFORT tem sido uma forma de dar um retorno aos agricultores que sempre contribuíram com as ações da Embrapa e trabalham com a cultura da abóbora, principalmente no Nordeste. “Eu já percorri praticamente todos os estados nordestinos, ao longo destes anos, em função dos trabalhos com recursos genéticos de cucurbitáceas, principalmente as abóboras. Este projeto é muito bonito e tem um diferencial muito importante. Ele perpassa as questões agronômicas porque também pensa na nutrição, ou seja, possibilita pensarmos num retorno concreto para os agricultores ao tentar fechar o ciclo: produção, comercialização, consumo e nutrição”, conclui Semíramis Ramos.

Jornalista da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju – SE)
MTb/MG 05653 JP
www.cpatc.embrapa.br / gislenealencar@cpatc.embrapa.br
79 4009-1381

Foto: Saulo Coelho

Teresina vai sediar a IV Reunião de Biofortificação no Brasil

foto_ba06a56f145bd1f16f50d359d5a7ae4c

A IV Reunião de Biofortificação no Brasil está confirmada para o período de 10 a 15 de julho deste ano, no centro de convenções do Rio Poty Hotel, em Teresina. São esperados pelo menos 200 participantes entre pesquisadores brasileiros e estrangeiros, que são membros da rede de biofortificação no Brasil, América Latina e Estados Unidos; ligados à cadeia de produção do arroz, abóbora, feijão, feijão-caupi, mandioca, milho, batata-doce e trigo.

Devem participar também professores, estudantes, extensionistas, técnicos de agroindústrias e empresários. O comitê técnico-científico do evento prevê, no mínimo, a apresentação de 100 trabalhos na forma de pôsteres. Os trabalhos serão publicados na forma de resumos expandidos nos Anais da reunião. Eles serão disponibilizados em CD-ROM e neste site do Projeto BioFORT.

Essa quarta reunião vai caminhar em direção a dois objetivos: reunir, mais uma vez, o público dos projetos de biofortificação com a perspectiva de um avanço ainda maior no conhecimento; e abrir uma discussão sobre os resultados da pesquisa e as estratégias de transferência das tecnologias geradas, com avaliação dos impactos na vida de produtores e consumidores.

A programação do evento é robusta, com palestras, painéis, visita técnica, dia-de-campo, reuniões, debates e simpósios. A temática vai da função do CNPq na pesquisa em agricultura, saúde e nutrição, passando pelo papel da agricultura frente às tendências em alimentação e impacto na nutrição e saúde; até a pesquisa em biofortificação no mundo.

Jornalista Fernando Sinimbu
Registro 654 MTb/PI
(86) 3089-9118
(86) 3089-9118
 fernandosinimbu@cpamn.embrapa.br

Batata-doce rica em vitamina A é tema de dias-de-campo em Goiás

batata-doce-vitamina-a-dias-de-campo-goias-biofort-noticias

Produtores, extensionistas, além de professores e alunos de escolas técnicas do estado de Goiás conhecerão a batata-doce Beauregard, uma nova cultivar de polpa alaranjada que a Embrapa Hortaliças (Brasília-DF) está recomendando aos produtores do Brasil. O material é a estrela de três dias-de-campo que acontecem nesta terça-feira 12, na quarta-feira13 e no dia 19 deste mês de abril, nos campi do Instituto Federal Goiânio (IF Goiâno), de Ceres, Urutaí e Rio Verde, respectivamente.

Além da Beauregard, serão apresentados outros nove materiais de batata-doce em fase de desenvolvimento e também informações sobre tratos culturais, controle de pragas e doenças e pós-colheita. Está prevista ainda a degustação de produtos à base da batata-doce de polpa alaranjada.

Os eventos fazem parte do projeto “Transferência de tecnologias em sistemas de produção agrícola sustentáveis como estratégia para capacitação de agentes multiplicadores no Estado de Goiás”, que integra, além da Unidade e do IF Goiano, a Embrapa Transferência de Tecnologia, por meio do seu Escritório de Negócios em Goiânia, a Embrapa Arroz e Feijão (Santo Antônio de Goiás-GO), a Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Goiás (Fetaeg) e Empresa Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater-GO).

A iniciativa está levando informações sobre produção sustentável de frutas, hortaliças e grãos para estudantes de nível médio e superior, professores, extensionistas e agricultores, tornando-os agentes multiplicadores. “A idéia do projeto é contribuir para a formação dos técnicos que atuarão como multiplicadores em suas regiões”, afirma o agrônomo Werito Melo, da Embrapa Hortaliças, ao destacar que as áreas dos dias-de-campo foram montadas com a participação de alunos das escolas técnicas.

Segundo o agrônomo, os dias-de-campo estão entre os primeiros resultados do projeto, que está implantando unidades demonstrativas e de validação nos campi do Instituto Federal Goiano em todo o estado e promovendo palestras, cursos e outros dias-de-campo nas escolas técnicas.

Material mais nutritivo

A cultivar Beauregard é um dos produtos que integram o programa Biofort, uma iniciativa que congrega 11 centros de pesquisa da Embrapa, além de outras instituições parceiras. O objetivo do projeto é desenvolver alimentos naturais com quantidades de nutrientes capazes de suprir a necessidade nutricional do corpo humano.

A cor alaranjada da polpa da batata-doce Beauregard está relacionada à presença de carotenóides pró-vitamina A, que são convertidos em vitamina A pelo organismo. Além consumo in natura, a Embrapa está desenvolvendo uma farinha de batata-doce, que pode ser adicionada à merenda escolar e em cestas básicas, como uma alternativa para suprir a carência de carotenóides, principalmente em crianças em idades escolar.

Jornalista Marcos Esteves MTb – 4505/14/45v/DF
(61) 3385-9109
mesteves@cnph.embrapa.br

Feijão-caupi: pesquisa e transferência ao mesmo tempo

feijao-caupi-pesquisa-tranferencia-biofort-noticias

A Embrapa Meio-Norte (Teresina-PI) está avaliando linhagens de feijão caupi verde e fradinho que apresentaram maiores teores de ferro e zinco no ano passado. Este trabalho está sendo conduzido em Nossa Senhora das Dores (Sergipe) e Coroatá (Maranhão).

Além das atividades de pesquisa, as ações de transferência de tecnologia também estão em andamento. No Maranhão e em Sergipe foi realizada a multiplicação e difusão de cultivares como a BRS Tumucumaque, BRS Aracê e a BRS Xiquexique.

Para 2011 estão previstos dias de campo, instalação de Unidades Demonstrativas e particpação em eventos para difundir as cultivares com maior teor de ferro e zinco.

Outras informações:
Jornalista Eugênia Ribeiro (MTb 1091/PI)
Embrapa Meio-Norte
Contato: (86) 3089-9226 ou 9987-1487. E-mail: eugenia@cpamn.embrapa.br

Tempo de colheita da mandioca

colheita-mandioca-biofort-noticias

De 8 a 11 de novembro em Washington, A Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical está avaliando os clones de raízes mandiocas amarelas da família 2007 como são os clones chamados daqueles obtidos de plantas vindas da sementeira daquele ano.

As plantas estão com um ano, que é o ciclo utilizado na metodologia, e a colheita dura de três a quatro dias. Depois da colheita, as raízes são pesadas e em seguida são medidos os teores de matéria seca e de amido e o tempo de cozimento das raízes.

O objetivo do projeto é obter clones com alto teor de betacaroteno e baixo teor de ácido cianídrico para serem consumidos como mandioca de mesa (aipim ou macaxeira). “Este tipo de consumo proporciona uma maior retenção de betacaroteno”, explica o pesquisador Vanderlei Silva.

Outras informações:
Jornalista Soraya Pereira (soraya@ctaa.embrapa.br). MTB 26165/SP
Embrapa Agroindústria de Alimentos
21 3622 9739 ou 9881 0535

Conferência de Biofortificação nos EUA fixa prioridades para investimentos

conferencia-biofortificacao-eua-investimentos-biofort-noticias

Cerca de 300 pesquisadores e técnicos responsáveis por projetos na América Latina, África e Ásia estiveram presentes e a Embrapa enfatizou a necessidade de mobilizar competências e estreitar parcerias entre os países do Hemisfério Sul, como o Brasil tem feito com os países africanos, para implementar plataformas de desenvolvimento.

De acordo com Howarth Bouis, diretor do HarvestPlus, ainda faltam estudos para melhor compreender como os alimentos impactam na nutrição humana. Por muito tempo, a questão nutrição esteve dissociada da agricultura, mas muitos trabalhos tem mostrado que a sinergia entre agricultura e nutrição pode ser uma das mais eficientes estratégias para combater a má-nutrição ou fome oculta.

Depois da Revolução Verde, que priorizou a produtividade, chegou a vez de olhar os alimentos sob a ótica da qualidade nutricional. Batata-doce de polpa alaranjada, por exemplo, é uma fonte interessante de vitamina A. Sem ela, o organismo fica suscetível a doenças e ao comprometimento da visão. Pesquisas nesta linha tem sido desenvolvidas no Brasil pela Embrapa Hortaliças como parte do projeto BioFORT, liderado pela Embrapa Agroindústria de Alimentos.

“Se alguém quiser saber o que é biofortificação precisa ver os trabalhos no Brasil”, frisou Bouis na abertura da Conferência. É que o Brasil é o único país que conduz trabalhos simultâneos de melhoramento com oito culturas básicas: arroz, feijão, feijão-caupi e trigo para maiores teores de ferro e zinco; mandioca, milho, abóbora e batata-doce para maiores teores de vitamina A.

Francisco Reifschneider representou a Embrapa no Painel Caminhos a Seguir. Segundo ele, a mobilização de competências tem que crescer para formar uma comunidade de biofortificação e, assim, caminhar para dar visibilidade aos resultados já obtidos e seus impactos.

Ele frisou a necessidade de estreitar a cooperação Sul-Sul (América Latina, África e Ásia) devido aos problemas, soluções e competências em comun e que precisam ser compartilhadas. “Não é possível pensar em programas sem estas interfaces, mas primando sempre pela ciência de qualidade. Por exemplo, o Brasil está construindo uma plataforma de inovação agrícola com Moçambique e a iniciativa tem conquistado apoio de agências internacionais como Banco Mundial e DFID”.

Mais informações sobre a Conferência e acesso aos slides dos palestrantes podem ser obtidos no blog http://biofortconf.ifpri.info/. Ele tem recurso para leitura em português e será mantido para dar continuidade às discussões. A I Conferência de Biofortificação foi organizada pelo HarvestPlus, um programa do Grupo Consultivo em Políticas de Agricultura Internacional (CGIAR) e contou com o apoio do Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT) e o Instituto Internacional de Pesquisa em Políticas de Alimentos (IFPRI).

Outras informações:
Pesquisadora Marília Nutti (marilia@ctaa.embrapa.br)
Líder do projeto BioFORT
Embrapa Agroindústria de Alimentos
Fone: (21) 3622-9600

Soraya Pereira (soraya@ctaa.embrapa.br)
Embrapa Agroindústria de Alimentos
Fone: (21) 3622-9739 ou 9881-0535

Arroz Chorinho é a aposta do melhoramento

arroz-chorinho-biofort-noticias

A Embrapa Arroz e Feijão (Santo Antônio de Goiás/GO) está realizando cruzamentos em Casa de Vegetação para conferir maior teor de zinco e aprimorar as características agronômicas da Chorinho. Trata-se de uma variedade tradicional de arroz coletada há muitos anos pela Embrapa no Estado de Minas Gerais.

Com o projeto de biofortificação de culturas, a Chorinho foi identificada, por meio de análises laboratoriais, como possuidora de maiores teores de ferro, mas não de zinco. E é exatamente sobre este último aspecto que a pesquisa vem reunindo esforços na tentativa de dobrar a quantidade desse nutriente no grão polido.

Esse trabalho envolve também o teste de “famílias” da Chorinho a campo para selecionar as melhores plantas para serem novos “pais” em futuros cruzamentos. Essa iniciativa é conduzida em parceria com a Embrapa Meio Norte (Teresina/PI), sob a coordenação do pesquisador José Almeida.

A opção por empreender esse tipo de avaliação na Região Norte se deve ao fato da pesquisa com a Chorinho estar focada em comunidades rurais do Maranhão, estado cujas várzeas úmidas apresentam condições de solo e clima semelhantes ao Piauí. O Maranhão também foi escolhido por apresentar as maiores taxas de carência nutricional na população de acordo com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Outras informações:
Rodrigo Peixoto (MTb-GO 1.077)
Embrapa Arroz e Feijão
Contatos: (62) 3533-2108 – rpbarros@cnpaf.embrapa.br

Comitê Gestor se reuniu em Aracaju

comite-gestor-aracaju-biofort-noticias

De 29 a novembro a 1 de dezembro, o Comitê Gestor do projeto BioFORT estará reunido em Aracaju (SE) para apresentar as experiências já existentes no projeto em termos de avaliação de impacto. A equipe também discutirá o planejamento das atividades para 2011 e 2012, a complementaridade de ações, os planos para os diferentes cultivos e verificar as dificuldades e saídas encontradas para condução das atividades.

Veja a agenda abaixo:

Agenda do Encontro

29 de novembro de 2010

07:00 Café da manhã

08:15 Organização: Marília Nutti (CTAA), Antônio Flávio Dias Ávila (SGE) e Fernando Curado (CPATC)

08:30 Boas-vindas: Palavras da Chefia da Embrapa Tabuleiros Costeiros e organizadores. Motivo da reunião – apresentar as experiências que já existem no projeto em avaliação de impacto e planejar o que será feito nos anos de 2011 e 2012. Discutir a complementaridade entre os projetos, planos de ação dos diferentes cultivos, verificar as dificuldades encontradas até agora e agir de forma a superar.

09:15 – 09:45 A experiência da avaliação da Mandioca, e como esta experiência poderá ser utilizada nos outros cultivos – Carolina Gonzalez – CIAT

09:45 – 10:00 Discussão

10:00 – 10:30 A experiência do trabalho em Pacatuba e Nossa Senhora das Dores – lições a serem aprendidas – Fernando Curado

10:30 – 10:45 Discussão
10:45 – 11:00 Intervalo
11:00 – 11:30 Arroz – Péricles e Alcido Werner – apresentação dos resultados e expectativas avaliação quanto a impacto. Sugestão de locais, cronograma de 2011 e 2012, e discussão com a equipe de impacto com base no trabalho da mandioca.
11:30 – 12:00 Feijão – Maria José Del Peloso, Alcido Werner e Helio Wilson Lemos de Carvalho – apresentação dos resultados do Feijão Comum e expectativas de avaliação quanto a impacto. Sugestão de locais, cronograma de 2011 e 2012, e discussão com a equipe de impacto com base no trabalho da mandioca.

12:00 – 12:30 Discussão

12:30 – 13:30 Almoço

13:30 – 14:00 Batata Doce – André Dusi, Werito e Maria Urbana – apresentação dos resultados e expectativas de avaliação quanto a impacto . Sugestão de locais, cronograma de 2011 e 2012, e discussão com a equipe de impacto com base no trabalho da mandioca.

14:00 – 14:15 Discussão

14:15 – 14:45 Feijão Caupi – Maurisrael e Helio Wilson Lemos de Carvalho – apresentação dos resultados e expectativas do que avaliar quanto a impacto.

Sugestão de locais, cronograma de 2011 e 2012, e discussão com a equipe de impacto com base no trabalho da mandioca.

14:45 – 15:00 Discussão

15:00 – 15:15 Mandioca – Profa. Áurea Fabiana A. de Albuquerque (Profa. da UFPE – economista que será contratada futuramente pelo CNPMF) e Helio Wiilson Lemos de Carvalho – apresentação dos resultados e expectativas do que avaliar quanto a impacto. Sugestão de locais, cronograma de 2011 e 2012, e discussão com a equipe de impacto com base no trabalho da mandioca

15:15 – 15:30 Discussão

15:30- 15:45 Intervalo

15:45 – 16:15 Milho – João Carlos Garcia e Helio Wilson Lemos de Carvalho – apresentação dos resultados e expectativas do que avaliar quanto a impacto. Sugestão de locais, cronograma de 2011 e 2012, e discussão com a equipe de impacto com base no trabalho da mandioca.

16:15 – 16:30 Discussão

16:30 – 18:00 Comentários e discussão – Antônio Flávio Dias Ávila, Carolina Gonzalez, Helio Wilson, Fernando Curado – Como organizar o trabalho de impacto e adoção?

18:00 Encerramento
30 de novembro de 2010

06:30 Café da Manhã

07:00 Saída do hotel para visita ao Assentamento Edimilson Oliveira – Carira

12:30 – 13:30 Almoço

16:00 Retorno ao hotel
1 de dezembro de 2010

07:00 Café da Manhã e check-out aos que encerram sua participação na reunião nesta data.

08:30 Inicio da reunião – Flávio Avila, Carolina e Alcido – conduzem a elaboração de propostas de trabalho

10:30 – 10:45 Intervalo

12:00 – 12:30 Término da Reunião

12:30 – 13:30 Almoço
2 de dezembro de 2010

06:30 Café da Manhã

07:00 Saída para visita à Ilha Men de Sá

12:00 – 12:30 Retorno à Aracaju