Primeiro Brazilian Zinc Day debateu os efeitos da fertilização nas cultivares e na saúde humana

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Para abordar problemas de carência e disponibilidade de zinco e métodos que podem aumentar e encorajar sua fertilização em solos, ocorreu na última terça-feira (6 de dezembro), em Campinas, o Brazilian Zinc Day, organizado pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Projeto HarvestZinc, HarvestPlus e Universidade de Sabanci (Turquia). O evento foi o primeiro Zinc Day no Brasil, após passar por China, Índia e Tailândia.

Reunindo 200 profissionais interessados nos efeitos do mineral na saúde e no campo, em maioria, representantes de empresas líderes em fertilização, como a Tec-Fertil, e universidades voltadas à agricultura, como a Universidade de Lavras, Universidade de São Paulo e Universidade de Sabanci, o evento debateu a deficiência do zinco, seus efeitos na saúde humana, a aplicação deste mineral nos cultivos e a eficácia dos fertilizantes com zinco em culturas cítricas, frutíferas, no café, cana-de-açúcar, soja, trigo, arroz e milho.

Entre os destaques do Brazilian Zinc Day, o Dr. Ismail Cakmak, da Universidade de Sabanci, proferiu a palestra “Por que as plantas necessitam de zinco?”, onde afirmou que “o Brasil pode desenvolver um programa de biofortificação agronômica com fácil e efetiva realização. A exportação de alimentos biofortificados com zinco para alguns países em desenvolvimento representaria uma importante contribuição brasileira à saúde humana e qualidade de vida em caráter internacional”. Ao final de sua palestra, apresentou um vídeo de um longo trabalho, comparando, de um lado, o trigo fortificado com zinco e, do outro lado, a cultivar deficiente deste mineral sob as mesmas condições naturais. A velocidade de crescimento, bem como a altura e ramificação das folhas da espécie fortificada foi expressivamente atenuada em relação à segunda.

Por sua vez, a coordenadora do Harvest Plus no Brasil, a pesquisadora da Embrapa Agroindústria de Alimentos, Marília Nutti, líder do projeto BioFORT, proferiu a palestra “Importância da produção de alimentos biofortificados para o Brasil”, apresentando o projeto, seu histórico, suas parcerias ao redor do mundo, as cultivares melhoradas em ferro, zinco e pró-vitamina A já lançadas e seus resultados. A pesquisadora considerou o evento como “um importante marco para a implementação das parcerias necessárias entre os trabalhos já realizados”e salientou a necessidade de “cooperação entre os esforços da biofortificação em melhoramento genético e os de biofortificação agronômica. Devido a importância do evento, Marília Nutti lançou o curta de 6 minutos “Biofortificação no Brasil”, do diretor Valério Fonseca, ilustrando a realidade social do Assentamento Vale do Bekaa, em Coroatá-MA e declarações de pesquisadores ícones em Biofortificação no mundo em paralelo com a história do projeto BioFORT.

Outros Zinc Days estão previstos para serem realizados no México e na Turquia, acompanhe pelo site www.harvestzinc.org/zinc-days. O vídeo “Biofortificação no Brasil” em breve estará disponível em www.biofort.com.br e www.hatvestzinc.org.

Texto: Caio Fidry