Rede BioFORT provoca superprodução de batata-doce e se torna esperança no Semiárido

dsc_0024

A Rede BioFORT tem provocado com suas ações no nordeste um aumento significativo na produção agrícola da região semiárida. Especificamente no estado do Piauí, é possível observar casos como o da Escola Agrícola de São Miguel do Tapuio, que na última safra de batata-doce biofortificada, conseguiu colher em um metro quadrado 7 kg do cultivar, resultando numa provável colheita de 70 toneladas em apenas um hectare. Lembrando que, segundo dados da Embrapa Hortaliças, a média nacional de colheita de batata-doce é de 8 toneladas por hectare. Os benefícios de melhoria de renda, devido a excelente produtividade, têm feito muitos trabalhadores permanecerem junto de suas famílias, e desistirem assim de praticar o êxodo rural.

O analista de transferência de tecnologia da Embrapa Meio-Norte, Marcos Jacob, coordena as ações da Rede BioFORT na região nordestina do país, transferindo tecnologia adequada para a elevação da produção dos agricultores familiares, que encontram na seca o maior adversário durante o plantio. “O grande diferencial esta na forma inovadora de transferir a tecnologia, pois utiliza-se o principio da Segurança Produtiva, conjunto de medidas necessárias a redução dos riscos de perda de produção e que possibilitem ao pequeno produtor rural produzir seu próprio alimento com garantia de colheita. Desenvolveu-se assim uma nova metodologia com base em pequenas áreas irrigadas por gotejamento ou outros sistemas com baixo consumo de água, para serem implantadas principalmente no Semiárido brasileiro, com aplicabilidade em qualquer situação em que o pequeno produtor não possua as condições mínimas para garantir êxito em seus sistemas produtivos.”

“Hoje a presença do projeto BioFORT na região Nordeste tem tido resultados bastante animadores, possibilitando a pequenos produtores familiares produzir alimento de qualidade e em quantidade suficiente para o consumo próprio e ainda a venda de excedentes.”  O analista lembra ainda que nenhum dos produtores teve uma colheita menor do que 25 toneladas por hectare depois de terem aderido os cultivares biofortificados às suas produções.

O feijão comum, o feijão caupi, o milho e a mandioca são algumas das outras culturas trabalhadas pelos projetos de biofortificação.

Programa Mundial de Alimentos participa de discussão em workshop na Guatemala sobre biofortificação de alimentos

pma

O Programa Mundial de Alimentos (PMA) participou no final de outubro de workshop sediado na Guatemala sobre a biofortificação de alimentos. O evento contou com a presença de instituições de referência no apoio à melhoria da nutrição mundial, como HarvestPlus, AgroSalud e Rede BioFORT. A participação de organizações governamentais da Guatemala também proporcionou uma discussão mais estratégica para a elaboração de ações no país.

A líder da Rede BioFORT e coordenadora do HarvestPlus na América Latina e Caribe, Marília Nutti, destacou a importância do diálogo com o Programa Mundial de Alimentos. “O PMA poderá vir a comprar as culturas biofortificadas que serão cultivadas pelos pequenos produtores para utilização no Fome Zero e nos programas de alimentação escolar .”

Vinculado à Organização das Nações Unidas (ONU), O Programa Mundial de Alimentos é a maior agência humanitária do mundo, que luta contra a fome no planeta. Seu objetivo é de servir como plataforma global de conhecimentos sobre alimentação escolar, nutrição e segurança alimentar e nutricional.

São Miguel do Tapuio-PI realiza dia de campo de batata-doce biofortificada

sao-miguel-do-tapuio-biofort-noticias

Na última sexta feira, dia 25 de outubro, foi realizado um dia de campo de batata-doce biofortificada no Centro Estadual de Educação Profissional Rural Cônego Cardoso (CEEPRU) em São Miguel do Tapuio, Piauí. Estiveram presentes representantes da Embrapa, diretores do Sindicato de Trabalhadores Rurais, técnicos da Emater-PI, secretários municipais, vereadores e jovens produtores rurais em formação técnica junto à seus pais.

Um fato curioso é o de que os alunos responsáveis pela unidade de batata-doce onde o evento foi realizado, são os do curso de hospedagem, que precisavam conhecer a batata desde o processo produtivo até o processamento, para agregação de valor. Os participantes tiveram a oportunidade de fazer a colheita amostral para verificar na pratica a produtividade, e logo depois foram servidos diversos pratos à base de batata-doce biofortificada como: bolos, pães, biscoitos, doce, brigadeiros e o maior destaque do dia, a lasanha de batata-doce biofortificada.

O Supervisor de Transferência de Tecnologia da Embrapa Meio-Norte, Marcos Jacob, responsável por essa mesma área em toda a rede do projeto BioFORT, esteve presente e ficou deslumbrado com a produção dos jovens.

“O que mais chamou a atenção foi a excelente produtividade. Alcançou 70 toneladas por hectare, bem superior à média nacional que e de 8,7 ton./hectare, superando as expectativas na região.” – Comenta.

Dar aos jovens a responsabilidade de conduzir a pratica da produção, do processamento e o dia de campo na escola faz parte da estratégia de transferência de tecnologia da Rede BioFORT.

Você pode conferir mais imagens do evento na nossa rede social : facebook.com/RedeBioFORT.

Pesquisador apresenta trabalho de biofortificação em tradicional universidade mexicana

biouanl

O pesquisador e membro do comitê gestor da Rede BioFORT, André Nepomuceno Dusi, , participou recentemente do seminário internacional BioUANL 2013, na Universidade Autónoma de Nuevo Leon, uma das mais antigas instituições de ensino superior do México. Ele apresentou o trabalho intitulado “Programa de Biofortificação no Brasil e o Papel da Biotecnologia” no painel “Inovação Biotecnológica e o Desenvolvimento da Bioeconomia”.

“O conceito de bioeconomia – inserção de processos biológicos no mercado – foi a tônica da discussão do evento. Neste contexto, a biofortificação de alimentos se insere como um dos processos inovativos não só para mercados institucionais como também para o mercado consumidor privado. A experiência brasileira é exemplar, especialmente pelo cuidado de validação dos produtos junto a todos os stakeholders, particularmente produtores e consumidores finais.” Afirma Dusi.

A Universidade Autónoma de Nuevo Leon completa 80 anos em 2013. O seminário é uma das atividades em comemoração ao seu aniversário. Além de Brasil e México, o evento contou com a presença de pensadores de países como Argentina, Espanha, França, Israel e Japão. Mais detalhes podem ser conferidos no site www.biomonterrey.org.mx.

Rede BioFORT é apresentada para público em festival de gastronomia

foto3

O pesquisador da Embrapa Agroindústria de Alimentos e também coordenador da Rede BioFORT, José Luiz Viana de Carvalho, esteve nesta quinta-feira (17/10) ministrando uma apresentação sobre o projeto de biofortificação de alimentos, no IV Festival de Gastronomia Orgânica de São Paulo. Ele abordou os objetivos que cercam as ações da Rede, como o combate ativo à deficiência de micronutrientes no organismo humano.

Destinado para aqueles com interesse numa melhoria da qualidade de vida, o IV Festival de Gastronomia Orgânica, recebeu profissionais da área de saúde, nutrição, agricultura, gastronomia e educação. Nas edições anteriores uma média de 4.000 pessoas marcaram presença no evento.

Idealizado por Leila D, Chef especializada em gastronomia orgânica e em parceria com a AAO (Associação de Agricultura Orgânica), o festival teve sua primeira edição em 2010 no Mercado Municipal de São Paulo. Mantendo o comprometimento com a questão da sustentabilidade, o evento viabiliza, promove e divulga a produção ecológica de alimentos e a culinária vegetariana, como um movimento acessível e transformador da realidade social, popularizando os temas, disponibilizando informação e disseminando práticas de consumo benéficas ao meio ambiente, e fortalecedoras do comércio justo e solidário.

Mais informações como essa a cerca do festival, você pode conferir na página:
http://festgastronomiaorganica.com.br

Biofortificação é um dos temas de relatório anual do A4NH

annualreporta4nh

O Programa de Pesquisa em Agricultura para a Alimentação e Saúde (A4NH) já tem o seu relatório anual referente ao ano de 2012, disponível na seguinte página da web http://www.ifpri.org/publication/path-better-nutrition-health.  A publicação conta com diversos temas, dentre eles a biofortificação, a qual é apontada como um passo fundamental para a extinção da “fome oculta” nas populações com maior risco no mundo. Caso queira baixar o documento diretamente, basta acessar o link: http://www.ifpri.org/publication/path-better-nutrition-health.

O relatório lembra que o Instituto de Pesquisa HarvestPlus entrará em 2014 na sua terceira fase do projeto de biofortificação, tendo como objetivo aumentar o seu portfólio de produtos agrícolas biofortificados. Ao final de 2013, a previsão é de que o instituto tenha consiguido distribuir esses cultivares em nove países, para aproximadamente meio milhão de pessoas.

“Através da nossa parceria com o A4NH fomos capazes de expandir a biofortificação para os principais alimentos da cesta básica, que compõem as dietas de populações mais necessitadas da América Latina e do Caribe e, em seguida, compartilhar essas tecnologias em todo o mundo “. Afirma a pesquisadora e coordenadora da Rede BioFORT, Marília Nutti, para a publicação.

O A4NH é coordenado pelo Grupo Consultivo em Pesquisa Agrícola Internacional (CGIAR), que criou o programa com o objetivo de apoiar especificamente os estudos envolvendo a melhoria da nutrição. O Instituto Internacional de Pesquisa em Políticas de Alimentos (IFPRI) é um dos 15 centros de pesquisa membros do CGIAR, e constantemente vem contribuindo com o A4NH.

Comunidade em Regeneração-PI abraça projeto de biofortificação

[vc_row][vc_column width=”1/1″][vc_column_text]not201310101102tv

A comunidade Mata dos Morenos fica localizada no município de Regeneração-PI, onde os cultivares biofortificados já são uma realidade consolidada. A batata-doce, a mandioca (macaxeira) e o feijão caupi (BRS Xique-Xique e BRS Aracê) fazem parte das hortas de produtores, que fazem questão de reiterar a importância do projeto de biofortificação não só no aumento da qualidade de nutrição, mas também no fortalecimento da união de todos os integrantes da comunidade.

Embora a falta de chuva ainda seja um dos principais problemas da região, as soluções têm sido apresentadas. O sistema de irrigação por gotejamento implantado na comunidade é caracterizado por ser extremamente econômico. Ele leva a água para a raiz das plantas através de tubos, chamados de gotejadores, garantindo assim uma quantidade exata para o plantio.O Prefeito Eduardo Carvalho também solicitou a criação de um poço no local para atender especificamente as demandas do projeto.

O Supervisor Territorial do Município de Regeneração da EMATER-PI, José Pereira da Silva, relata que a aceitabilidade dos alimentos biofortificados tem sido excelente por parte da comunidade. Os produtores já confeccionam alimentos como bolos, doces e biscoitos envolvendo os cultivares biofortificados.[/vc_column_text][vc_gallery type=”image_grid” interval=”0″ images=”1361,1362″ onclick=”link_no” custom_links_target=”_self” img_size=”300″][/vc_column][/vc_row]

Produção familiar e escolar impulsionam didática de dia de campo

[vc_row][vc_column width=”1/1″][vc_column_text]not201310031552tv

As cidades de Pedro II e Oeiras, situadas no estado do Piauí, foram escolhidas para sediarem os dias de campo de 30/09 e 02/10, assim respectivamente. A primeira contou com a participação e coordenação da Fundação Santa Ângela, enquanto que a segunda recebeu um importante suporte do produtor rural Luís Costa e Silva, que cedeu sua propriedade para a realização do evento.

A fundação permitiu que seus alunos vivenciassem a prática de colheita com os cultivares biofortificados, mais precisamente a mandioca jari. Os estudantes dos cursos técnicos em agropecuária e agroindústria puderam compreender melhor a forma de plantio envolvendo o sistema de gotejamento e o meio de cruzamento genético convencional, responsável por gerar os alimentos ricos em micronutrientes (pró-vitamina A, ferro e zinco).[/vc_column_text][vc_gallery type=”image_grid” interval=”0″ images=”1370,1371″ onclick=”link_no” custom_links_target=”_self” img_size=”full”][vc_column_text]Em Oeiras, o dia de campo da batata-doce foi iniciado a partir de uma mesa de oradores, a qual esteve presente o pesquisador Marcos Jacob, da Embrapa Meio-Norte, que falou da importância em se praticar ações desse tipo, pois além de levar o conhecimento técnico para a comunidade, propõem uma melhor discussão para soluções futuras. Em seguida, os produtores tiveram contato com representantes do MDA e da EMPLANTA, para terem a orientação necessária quanto à produção agrícola relacionada com os projetos que virão a ser inseridos por esses agentes do estado do Piauí.[/vc_column_text][vc_gallery type=”image_grid” interval=”3″ images=”1369,1372″ onclick=”link_no” custom_links_target=”_self” img_size=”full”][vc_column_text]Acompanhe o facebook oficial da Rede BioFORT para visualizar os álbuns fotográficos dos dois eventos.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Mais ações no interior do Piauí

not201309291941tv

A adesão às tecnologias do Projeto BioFORT,  no interior do Piauí, cresce. Nesta segunda-feira 30 e na quarta-feira 02 de outubro, dois dias de campo vão movimentar os municípios de Pedro II, na região norte do Estado, e Oeiras, no sudeste, respectivamente, mostrando a performance das ações de transferência de tecnologias e as adesões ao projeto.

Em Pedro II, a 210 quilômetros de Teresina, o dia-de-campo será desenvolvido na Escola Família Agrícola Santa Ângela. Em seis estações, o evento focará a macaxeira biofortificada como uma alternativa rentável aos sistemas de produção na agricultura familiar.

Agricultores, professores, estudantes e técnicos receberão informações agronômicas e nutricionais sobre a cultura, colheita de maniva e raiz, classificação e pesagem, colheita geral e preparação de kits, demonstração de produtos á base de macaxeira, além de discussões e entrega de materiais.

Na quarta-feira dois de outubro, as atenções estarão voltadas ao povoado Canto da Vereda, em Oeiras, a 313 quilômetros de Teresina, onde acontecerá o segundo dia-de-campo. Lá, os produtos em destaque são o feijão-caupi e a batata-doce biofortificados.

A programação, também com seis estações, seguirá o roteiro da segunda-feira 30. O objetivo é o mesmo: mostrar essas culturas como alternativas rentáveis à produção na agricultura familiar. Os eventos têm o apoio do Banco do Nordeste, Governo do Estado do Piauí e Prefeitura de Oeiras.

Mais Informações:
Fernando Sinimbu – jornalista (654 MTb/PI)
(86) 3089-9118

fernando.sinimbu@embrapa.br

BioFORT discute novas parcerias com municípios do RJ

foto-13-33

A Rede BioFORT em breve terá ações presentes em municípios do estado do Rio de Janeiro, como Pinheiral e Magé. O pesquisador José Luiz Viana de Carvalho tem se encontrado com os representantes de ambas as cidades, para discutir os planos do projeto e assim procurar identificar as melhores formas de inserir os alimentos biofortificados nas regiões.

Em Pinheiral, estiveram no encontro junto do pesquisador, o Prefeito José Arimathéa, o Secretário de Ambiente e Desenvolvimento Rural Marlon Sarubi da Silva e o Diretor de Administração do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRJ – Campus Nilo Peçanha) Marcos de Castro Pena. A repercussão da parceria você pode conferir com mais detalhes na matéria veiculada pelo jornal Diário do Vale (http://diariodovale.uol.com.br/noticias/0,78646,Pinheiral-fecha-parceria-com-a-Embrapa.html#axzz2em5Rtabj).

O município de Magé já possui desde julho um convênio assinado pelo Prefeito Nestor Vidal, e agora aguarda as primeiras plantações de batata-doce, feijão-caupi (de corda) e mandioca biofortificados. A prefeitura da cidade destacou em seu site (http://www.mage.rj.gov.br/agricultura/1687-mage-fara-parte-do-programa-de-alimentos-biofortalecidos-da-embrapa) os principais benefícios que esses cultivares irão trazer para a população local mais carente de micronutrientes no organismo.

Os dois municípios vão seguindo o exemplo de Itaguaí, outro parceiro da Rede BioFORT e portanto, agente fundamental no desenvolvimento da alimentação escolar e da agricultura familiar.