Rede BioFORT provoca superprodução de batata-doce e se torna esperança no Semiárido

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A Rede BioFORT tem provocado com suas ações no nordeste um aumento significativo na produção agrícola da região semiárida. Especificamente no estado do Piauí, é possível observar casos como o da Escola Agrícola de São Miguel do Tapuio, que na última safra de batata-doce biofortificada, conseguiu colher em um metro quadrado 7 kg do cultivar, resultando numa provável colheita de 70 toneladas em apenas um hectare. Lembrando que, segundo dados da Embrapa Hortaliças, a média nacional de colheita de batata-doce é de 8 toneladas por hectare. Os benefícios de melhoria de renda, devido a excelente produtividade, têm feito muitos trabalhadores permanecerem junto de suas famílias, e desistirem assim de praticar o êxodo rural.

O analista de transferência de tecnologia da Embrapa Meio-Norte, Marcos Jacob, coordena as ações da Rede BioFORT na região nordestina do país, transferindo tecnologia adequada para a elevação da produção dos agricultores familiares, que encontram na seca o maior adversário durante o plantio. “O grande diferencial esta na forma inovadora de transferir a tecnologia, pois utiliza-se o principio da Segurança Produtiva, conjunto de medidas necessárias a redução dos riscos de perda de produção e que possibilitem ao pequeno produtor rural produzir seu próprio alimento com garantia de colheita. Desenvolveu-se assim uma nova metodologia com base em pequenas áreas irrigadas por gotejamento ou outros sistemas com baixo consumo de água, para serem implantadas principalmente no Semiárido brasileiro, com aplicabilidade em qualquer situação em que o pequeno produtor não possua as condições mínimas para garantir êxito em seus sistemas produtivos.”

“Hoje a presença do projeto BioFORT na região Nordeste tem tido resultados bastante animadores, possibilitando a pequenos produtores familiares produzir alimento de qualidade e em quantidade suficiente para o consumo próprio e ainda a venda de excedentes.”  O analista lembra ainda que nenhum dos produtores teve uma colheita menor do que 25 toneladas por hectare depois de terem aderido os cultivares biofortificados às suas produções.

O feijão comum, o feijão caupi, o milho e a mandioca são algumas das outras culturas trabalhadas pelos projetos de biofortificação.