Prefeitura de Magé recebe feijão biofortificado para plantio na região

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A cidade de Magé, no interior do estado do Rio de Janeiro, recebeu da Embrapa Agroindústria de Alimentos, três quilos de feijão preto biofortificado. O Secretário Municipal de Agricultura Sustentável, Aloisio Sturm, ganhou das mãos do pesquisador José Luiz Viana, um saco contendo a variedade BRS Supremo, que possui maiores teores de ferro e zinco.

A prefeitura pretende repassar sementes desse cultivar para os agricultores da região e assim fazer um acompanhamento do plantio para no final poder avaliar melhor os índices de produtividade. “Essa segunda quinzena de abril é a melhor época para se plantar feijão. A partir daí, estima-se um ciclo de 120 dias até chegar a hora da colheita”. Afirma o secretário.

A batata-doce biofortificada (BRS Boureguard) é um dos cultivares que já está sendo plantado na região, através de 16 agricultores que receberam ramas da prefeitura.

Rede BioFORT se apresenta à cidade de Paty dos Alferes-RJ

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O pesquisador da Embrapa Agroindústria de Alimentos e co-líder da Rede BioFORT, José Luiz Viana de Carvalho esteve na última semana ministrando uma palestra no município de Paty dos Alferes, no estado do Rio de Janeiro. Ele apresentou aos interessados as ações de biofortificação de alimentos no Brasil, principalmente nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul do país, onde aproximadamente 2500 famílias já experimentaram os benefícios dos biofortificados.

Dentre o público-alvo, estiveram presentes produtores rurais, técnicos agrícolas e autoridades locais. O secretário municipal de agricultura, Rômulo Rosa, acompanhou a palestra e pôde retornar com as solicitações dos agricultores por alimentos melhorados convencionalmente dentro da pauta de discussão da prefeitura.

Foi proposto durante o encontro, a organização de um dia de campo no município de Magé para troca de experiências no plantio de cultivares biofortificados, pois a cidade abriga uma boa parcela de agricultores familiares produzindo essas variedades.

Atualmente, a Rede BioFORT já possui no estado do Rio de Janeiro parcerias firmadas com as cidades de Magé, Pinheiral e Itaguaí.

Líder da Rede BioFORT recebe homenagem do ILSI Brasil

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A líder da Rede BioFORT e pesquisadora da Embrapa Agroindústria de Alimentos, Marília Nutti, foi homenageada durante a reunião de 25 anos de fundação do ILSI (International Life Sciences Institute) Brasil por fazer parte do primeiro conselho científico e de administração, responsável pela origem e crescimento do instituto. O evento também homenageou personalidades como Franco Maria Lajolo (Universidade de São Paulo), Felix Guilhermo Reyes (Universidade Estadual de Campinas), Joao Alberto Bordgnon (Nutrimental) e Aldo Bacarin (Food Intelligence), todos pioneiros nas áreas de nutrição, biotecnologia e avaliação de risco.

Cada homenageado recebeu uma escultura criada pela artista plástica Sara Rosenberg, de São Paulo, conhecida no Brasil e no exterior por trabalhos com formas orgânicas, associadas à natureza brasileira. “Evolução” foi o nome escolhido para a obra que representa o crescimento, fazendo assim uma associação com as pessoas homenageadas, que estiveram diretamente ligadas com os 25 anos do ILSI Brasil. “Ideias a favor da ciência sempre alimentaram o desafio destas pessoas para que o ILSI Brasil pudesse crescer, evoluir sobre raízes fortes e sólidas, como esta árvore simbolicamente representada neste troféu.” Concluiu em seu discurso, a diretora-executiva do instituto, Mariela Berezovsky, durante a homenagem.

O ILSI Brasil foi fundado em 1990 e é uma das seções regionais do International Life Sciences Institute. Constitui-se num fórum permanente de discussão e atualização de conhecimentos na área técnico-científica, unindo esforços de cientistas do meio acadêmico, do governo e das indústrias. Atualmente conta com 37 empresas associadas, entre elas os principais players do mercado do setor alimentício, e atua através de comitês científicos e forças-tarefas. Sua performance contribui para o melhor entendimento de temas ligados à nutrição, segurança alimentar, toxicologia, meio ambiente e avaliação de risco.

Embrapa apresentará biofortificação como tema em conferência internacional de cereais

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Durante o período de 29/03 a 01/04, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) estará presente na terceira edição da Conferência Latino-Americana de Cereais (LACC3, em inglês) divulgando suas ações de desenvolvimento em melhoramento convencional de alimentos, mais conhecido como biofortificação, cujo objetivo está em combater a fome oculta, deficiência nutricional responsável por assolar bilhões de pessoas ao redor do mundo. O evento é destinado a promover o conhecimento científico e tecnológico relacionado com a produção de grãos, cereais e alimentos. É a primeira vez que o Brasil sedia esse fórum de discussão, que terá a Embrapa participando com um stand, onde poderão ser conferidos materiais de promoção de imagem e transferência de tecnologia, como cultivares melhorados convencionalmente e alimentos biofortificados processados. Uma palestra da pesquisadora da Embrapa Agroindústria de Alimentos, Marília Nutti, está programada para acontecer no evento como também uma forma de instruir os participantes acerca dos objetivos em segurança nutricional através da biofortificação.

A pesquisadora Marília Nutti é a líder da Rede BioFORT, o aglomerado de projetos de biofortificação coordenados pela Embrapa. No Brasil, já foram lançadas variedades biofortificadas de batata-doce, mandioca, feijão comum, milho e feijão-caupi. Estão em processo de melhoramento cultivares de trigo, abóbora e arroz. A Rede BioFORT vem realizando e ampliando parcerias com países da América Latina, Caribe, África e Ásia, procurando identificar países com compatibilidade de clima, solo e nível de consumo de alimentos básicos da dieta brasileira, como forma de fomentar a cooperação internacional.

Atualmente, a Rede BioFORT já beneficiou aproximadamente 2500 famílias nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil. O estado do Paraná vem recebendo ramas de batata-doce e sementes de milho biofortificado através de uma parceria firmada com a Fundetec (Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico), na cidade de Cascavel, para o repasse à produtores rurais e multiplicadores.

Os alimentos biofortificados são uma realidade também dentro das escolas municipais conveniadas com prefeituras que recebem esse material melhorado, muito disso concretizado a partir da implementação de programas como o PAA e o PNAE, que estimulam a compra de parte da produção vinda da agricultura familiar para a alimentação escolar.

A conferência aproveitará para comemorar os 60 anos da Associação Internacional da Ciência e Tecnologia dos Cereais (ICC, em inglês), instituição responsável pela produção do LACC3, junto com a Granotec/Granolab-BR.

Reunião garante a expansão da Rede BioFORT no Maranhão

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Na última reunião de articulação entre representantes da Rede BioFORT e a Secretaria de Agricultura Familiar do Maranhão (SAF) procurou-se apresentar os benefícios levados pelos alimentos convencionalmente melhorados à regiões com baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), e discutir a ampliação das ações envolvendo biofortificados no estado. O secretário, Adelmo Soares, declarou apoio total a expansão da Rede BioFORT no Maranhão. De forma a facilitar o envio de ramas e sementes aos interessados, ele determinou que sua equipe operacional iniciasse imediatamente com os procedimentos legais para firmação de convênio.

Dentre as próximas atividades a serem executadas, está a visita a diversos produtores de referência, a elaboração do plano de ampliação e o planejamento de uma reunião da SAF e BioFORT com as demais secretarias e governador do estado.

No Maranhão, somente no ano de 2015, em parceria com ATERs (Assistência Técnica e Extensão Rural), já foram atendidos mais de 1.000 pequenos produtores. A parceria com o governo do estado possibilitará uma grande ampliação e acesso a regiões ainda não atendidas. Considerando a urgência nas ações, a SAF determinou que a primeira viagem aos locais de produção de biofortificados seja realizada ainda este mês.

Primeira edição de boletim virtual dedicado a biofortificação exalta a técnica de melhoramento

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Especialistas de todo o mundo falam da biofortificação como uma inteligente oportunidade de pesquisa em nutrição e investimento agrícola que pode ajudar a combater problemas de deficiência nutricional ao redor do planeta. A informação foi divulgada na primeira edição do Global Panel on Agriculture and Food Systems for Nutrition, a qual demonstra que a biofortificaçõa é uma estratégia comprovadamente benéfica para a saúde humana.

Cerca de doze especialistas que contribuíram para a primeira edição concordam que a biofortificação é uma estratégia de pesquisa apreciada por abordar dois importantes temas de preocupação mundial, agricultura e nutrição, que aliada juntamente com outras iniciativas, pode contribuir para melhorar a situação de pessoas comfome oculta.

Uma das opiniões com relevância máxima no assunto é a declaração de Rachel Kyle, membro do grupoGlobal Panel e do Banco Mundial. Durante a Segunda Conferência Global sobre Biofortificação, realizada em Kigali, em março de 2014, ela disse: “Podemos ver que, depois de anos de pesquisa científica, estamos no ponto em que a pesquisa não está mais sendo argumentada ou debatida, estamos no ponto onde já podemos começar a pegar os produtos de todo esse trabalho e disponibilizá-los em escala mundial.”

Para fazer o download do boletim, basta clicar no link:
http://www.glopan.org/sites/default/files/assets/documents/Biofortification_Policy_Brief_FINAL.pdf

Maranhão continua a abrigar eventos de biofortificação

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Na última quinta-feira (26) ocorreu em Codó, no estado do Maranhão, mais um dia de campo de sucesso sobre a batata-doce biofortificada. O local escolhido para sediar o encontro entre agricultores foi a propriedade do produtor Onias de Santana, mais conhecido como “Baixote”, o qual contou com apoio da Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e de Extensão Rural do Maranhão (AGERP).  O analista da Embrapa Meio-Norte, Marcos Jacob, participou do evento, junto do engenheiro agrônomo da AGERP, Edinaldo da Silva, que vem realizando um trabalho fundamental junto aos produtores da região.

Além da presença de diversos Secretários de Agricultura de municípios próximos a Codó, técnicos da AGERP e de outras ATERs, o dia de campo teve a participação de produtores já cadastrados no projeto e potenciais multiplicadores. Alunos de cursos relacionados à agricultura do Instituto Federal de Educação do Maranhão (IFMA) também estiveram presentes procurando aprender um pouco mais sobre os cultivares biofortificados.

Durante o dia de campo foi apresentado o que são os projetos de biofortificação de alimentos, como são cultivadas as variedades recomendadas pela Embrapa, questões relacionadas à importância de ampliar o número de produtores no município e experiência do produtor com esse novo cultivo. Os participantes também puderam observar a forma de cultivo, os tratos culturais, o manejo de pragas e plantas daninhas, como proceder a colheita e a comercialização, e a constatação da produtividade, que foi em torno de 30 toneladas por hectare.

Segundo o produtor Baixote, que há um ano vem cultivando batata-doce biofortificada, a expectativa é ampliar a área devido à boa produtividade alcançada, que já está refletindo no aumento das vendas das cultivares para a prefeitura de Codó. As maiores dificuldades superadas foram o acesso à informação sobre o cultivo da variedade e a comercialização, hoje feita através do PNAE e que em breve estará sendo feita através do PAA.

Neste ano de 2015, a Rede BioFORT vem priorizando a expansão do projeto no estado do Maranhão. Mais de 1000 produtores já receberam sementes de feijão aracê e milho, graças a parceria de diversas instituições, tais como AGERP, prefeituras, COOSERT, AGROFORT, GR, Sindicato dos Produtores Rurais, Escolas Famílias Agrícolas e etc. Marcos Jacob, pesquisador da Embrapa Meio Norte e membro do projeto BioFORT, acredita na expansão do projeto no estado.

“Estive em reunião na Secretaria da Agricultura Familiar (SAF), com o objetivo de estabelecer parcerias para a expansão do projeto no Maranhão. Se tudo der certo, isso possibilitará atender um maior número de produtores e municípios em todo o estado.” Conclui Marcos Jacob, que já visualiza a expansão da biofortificação no estado.

Os municípios do Maranhão onde o projeto BioFORT está presente são: Caxias, Codó, Peritoró, Timbiras, Coroatá, São João do Soter, Sucupira do Norte, Lago do Junco, Timon, Santa QUitéria, Coelho Neto, Duque Bacelar, Fortuna, dentre outros.

Panamá usará pesquisa domiciliar para aumentar eficácia de ações com biofortificados

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Através de informações obtidas por meio de pesquisas domiciliares, o Panamá terá um diagnóstico sociodemográfico, de consumo e produção para agir com cultivos biofortificados nas cidades de Clocé, Herrera e Veraguas e no distrito de Gnabe Buggle.

O plano é realizar 384 entrevistas, das quais 231 serão realizadas nas comunidades pertencentes ao distrito, totalizando 60% de diagnóstico fornecido por comunidades indígenas. A pesquisa está prevista para começar em março, com cerca de três semanas de trabalho de campo.

O Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT) e o programa de pesquisas HarvestPlus foram os responsáveis pelo treinamento dos supervisores e dos entrevistadores. O curso ocorreu na província de Cloclé, em fevereiro, no campus da Universidade do Panamá. Essa iniciativa foi convocada por pesquisadores do programa AgroNutre Panamá, coordenado pelo Instituto Panamá de Pesquisa Agropecuária (IDIAP), líder do programa de biofortificação no país.

Em paralelo, uma avaliação e validação do formato da pesquisa de campo foram realizadas na comunidade de Juan Díaz de Penonomé, de cada um dos pontos que serão diagnosticados nas comunidades de Hijo de Dios N°1, Hijo de Dios N°2, San Roquito 2, Herrera, el Bongo, Calabacito, Lerique, Rodeo Viejo, Rincón Largo, Chichica, Cerro Tula, Cerro Mosquito e Cerro Papaya.

Peritoró-MA recebe visita técnica de articuladoras da Rede BioFORT

No início do mês, uma visita técnica das articuladoras da Rede BioFORT, Lilian Maria e Maria Conceição, ocorreu ao município de Peritoró, no Maranhão, para acompanhar produções de milho e feijão-caupi biofortificados. A cidade conta, até o momento, com 20 agricultores produzindo cultivares melhorados convencionalmente, que vêm recebendo visitas periódicas em campo com o fornecimento de assistência técnica desde a implantação das áreas produtivas até orientações de preparo da área, plantio, tratos culturais e colheita.

As maiores dificuldades enfrentadas pelos produtores do estado estão relacionadas com a falta de sistemas de irrigação econômicos e poços para melhor captação de água. O agricultor Domingos Da Silva é o primeiro a ter uma plantação de biofortificados irrigada por gotejamento, fato que expõe essa carência mas aponta para a solução em sistemas que utilizem menos recursos hídricos, garantindo a produção durante o ano todo, não somente em períodos chuvosos.

Em 2014, mais de 200 agricultores já foram beneficiados com as culturas biofortificadas no estado do Maranhão. Além de Peritoró, as cidades de Timbiras e Coroatá têm recebido a presença da Rede BioFORT.

HarvestPlus lança ferramenta online para ajudar na decisão de futuros investimentos em biofortificação

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O programa de pesquisa HarvestPlus acaba de lançar essa semana uma ferramenta online interativa (http://www.ifpri.org/tools/bpimappingtool) denominada Biofortification Priority Index (BPI), que permitirá aos interessados enxergar onde e em quais culturas biofortificadas realizar investimentos estratégicos.

A ferramenta trabalha através da inserção de critérios de pesquisa por meio de três menus suspensos. Os usuários podem classificar e visualizar os resultados em um mapa codificado por cores de acordo com a cultura, região e prioridade para o investimento. Os resultados são classificados com base em uma combinação de dados de produção, de consumo e de deficiência de micronutrientes.

O BPI será útil para os interessados na tomada de decisões de investimento em biofortificação acelerando os ganhos na redução da deficiência de micronutrientes. Embora atualmente se limite a dados em nível nacional, a ferramenta é esperado para evoluir ao longo do tempo com a adição de mais informações para consulta.

O BPI chega no momento em que a biofortificação está atraindo um maior reconhecimento como estratégia viável para melhorar o estado nutricional das populações dependentes da produção de alimentos básicos para a subsistência. Logo após a Segunda Conferência Mundial sobre Biofortificação, realizada em Ruanda no ano passado (2014), vários países e organizações se comprometeram a apoiar a ampliação e entrega de cultivos biofortificados, provocando uma aliança com suas políticas nacionais de nutrição e de agricultura.

Mais detalhes sobre os dados e metodologia por trás do BPI estão disponíveis no link abaixo:
http://www.harvestplus.org/sites/default/files/working%20paper%20_11_web_0.pdf