Embrapa apresentará biofortificação como tema em conferência internacional de cereais

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Durante o período de 29/03 a 01/04, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) estará presente na terceira edição da Conferência Latino-Americana de Cereais (LACC3, em inglês) divulgando suas ações de desenvolvimento em melhoramento convencional de alimentos, mais conhecido como biofortificação, cujo objetivo está em combater a fome oculta, deficiência nutricional responsável por assolar bilhões de pessoas ao redor do mundo. O evento é destinado a promover o conhecimento científico e tecnológico relacionado com a produção de grãos, cereais e alimentos. É a primeira vez que o Brasil sedia esse fórum de discussão, que terá a Embrapa participando com um stand, onde poderão ser conferidos materiais de promoção de imagem e transferência de tecnologia, como cultivares melhorados convencionalmente e alimentos biofortificados processados. Uma palestra da pesquisadora da Embrapa Agroindústria de Alimentos, Marília Nutti, está programada para acontecer no evento como também uma forma de instruir os participantes acerca dos objetivos em segurança nutricional através da biofortificação.

A pesquisadora Marília Nutti é a líder da Rede BioFORT, o aglomerado de projetos de biofortificação coordenados pela Embrapa. No Brasil, já foram lançadas variedades biofortificadas de batata-doce, mandioca, feijão comum, milho e feijão-caupi. Estão em processo de melhoramento cultivares de trigo, abóbora e arroz. A Rede BioFORT vem realizando e ampliando parcerias com países da América Latina, Caribe, África e Ásia, procurando identificar países com compatibilidade de clima, solo e nível de consumo de alimentos básicos da dieta brasileira, como forma de fomentar a cooperação internacional.

Atualmente, a Rede BioFORT já beneficiou aproximadamente 2500 famílias nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil. O estado do Paraná vem recebendo ramas de batata-doce e sementes de milho biofortificado através de uma parceria firmada com a Fundetec (Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico), na cidade de Cascavel, para o repasse à produtores rurais e multiplicadores.

Os alimentos biofortificados são uma realidade também dentro das escolas municipais conveniadas com prefeituras que recebem esse material melhorado, muito disso concretizado a partir da implementação de programas como o PAA e o PNAE, que estimulam a compra de parte da produção vinda da agricultura familiar para a alimentação escolar.

A conferência aproveitará para comemorar os 60 anos da Associação Internacional da Ciência e Tecnologia dos Cereais (ICC, em inglês), instituição responsável pela produção do LACC3, junto com a Granotec/Granolab-BR.