Projeto Alimentos Biofortificados alcança 7 estados

NA121220121756CF

As ações do Projeto Alimentos Biofortificados: preparando o caminho para levar mais saúde à mesa do brasileiro avançam em estados do Nordeste e Sudeste.

A princípio, unidades de multiplicação de material propagativo de batata-doce estão sendo instaladas em escolas agrícolas de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Sergipe, Maranhão e Ceará.

Essas unidades, segundo o líder do projeto, Marcos Jacob Almeida, são a base do aprendizado dos futuros técnicos agrícolas. Eles serão os multiplicadores das tecnologias da Embrapa nas localidades onde moram, atendendo às demandas dos produtores da região por material propagativo. “O projeto avança além da expectativa”, comemora.

No Piauí, o projeto Alimentos Biofortificados, liderado em rede nacional pela Embrapa Meio-Norte, já está trabalhando com 35 escolas. Dezoito são escolas família-agrícola e 17 agrotécnicas estaduais, em 42 municípios do Estado. Já foram implantadas unidades piloto de transferência de tecnologias com batata-doce e macaxeira ricas em ferro, zinco e betacaroteno.

O projeto está avançando também em áreas de produtores de dezenas de municípios piauienses. O destaque é para Oeiras, a 313 quilômetros a sudeste de Teresina. Lá, considerado o município-modelo do projeto, 28 produtores já comercializam batata-doce biofortificada nas feiras livres.

Marcos Jacob diz que, no projeto Biofort, a transferência de tecnologia é feita diretamente aos produtores, mas neste caso somente para “produtor de referência”. Este, só é referência quando é considerado modelo pelos vizinhos e que tenha entrosamento com as pessoas da comunidade. “O produtor de referência é aquele que as pessoas procuram imitar no modo de produzir”, acrescenta.

Luiz Costa e Silva, de 50 anos, é o produtor de referência em Oeiras. Ele é só alegria. Na propriedade dele, no povoado Boca da Vereda, a produção foi considerada excelente: seis toneladas numa área plantada de 1 mil metros quadrados. Parte da produção ele vendeu nas feiras livres por R$ 2 o quilo. O restante serviu de ração para os animais da propriedade.

A linha temática do projeto é Estratégias de comunicação e transferência de tecnologias para apoio ao Plano “Brasil sem Miséria”.

Além das parcerias com o Governo do Piauí, prefeituras, escolas agrotécnicas e família-agrícola, Conab, Banco do Nordeste e Codevasf as ações estão sendo conduzidas pelas unidades Embrapa Meio-Norte (PI) , Embrapa Milho e Sorgo (MG), Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ), Embrapa Arroz e Feijão (GO), Embrapa Hortaliças (DF), Embrapa Produtos e Mercado (DF, Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA) e Embrapa Tabuleiros Costeiros (SE).

Texto: Fernando Sinimbu