Marketplace é referência durante evento em Londres

Os novos mecanismos de cooperação técnica Sul-Sul, em especial a Plataforma África-Brasil (Africa Brasil Agricultural Innovation Marketplace) e a Plataforma América Latina e Caribe-Brasil de Inovação Agropecuária (Lac-Brasil Agricultural Innovation Marketplace), foram destaque do Global Hunger Event.

O evento, realizado em Londres no último dia dos Jogos Olímpicos (12/8), foi promovido pelos governos britânico e brasileiro com o objetivo de aumentar o compromisso político global e as ações para atacar a desnutrição.

O avanço brasileiro na área de segurança alimentar foi um dos destaques da reunião coordenada pelo primeiro-ministro britânico, David Cameron, e pelo vice-presidente Michel Temer. A atuação da Empresa como braço tecnológico que garantiu a ampliação da produção e da oferta de alimentos foi apresentada em Londres pelo presidente Pedro Arraes, como um exemplo do fato de que inovações agrícolas podem ter impacto em nutrição.

Pedro Arraes abordou tecnologias consagradas e novos projetos, como o Biofort, que está desenvolvendo cultivares biofortificadas, com maiores teores de ferro, zinco e carotenoides. Ele também destacou a participação da Empresa em projetos internacionais, em nações pobres. “A cooperação técnica é uma atividade que a Embrapa realiza em alinhamento com a política externa do Governo brasileiro, que busca apoiar países de menor desenvolvimento tecnológico”, explica Pedro Arraes.

Segundo o presidente, no caso desse tipo de cooperação, os recursos para a execução dos projetos são provenientes da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores. “Uma das estratégias da ABC é a de atrair parceiros internacionais para cofinanciar projetos de interesse mútuo”, afirma Arraes ao citar parcerias com a United States Agency for International Development (USAID), em Moçambique e no Haiti; com a Japan International Cooperation Agency (Jica), em Moçambique, e com o Department for International Development (DFID), em Gana, Tanzânia e Moçambique.

O mesmo ocorre com as plataformas África-Brasil e América Latina e Caribe-Brasil, afirma Pedro Arraes. No caso desse modelo de cooperação, os recursos são provenientes do DFID, do Banco Mundial, da Fundação Bill e Melinda Gates, da ABC, do International Fund for Agricultural Development (IFAD), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do International Center for Tropical Agriculture (CIAT).

Ainda de acordo com Pedro Arraes, em todos os projetos de cooperação técnica, a Embrapa entra com o conhecimento técnico e os doadores com os recursos. “Cada doador administra e audita os recursos conforme as normas de cada organização. Além disso, o dinheiro utilizado no Brasil está sujeito a auditorias, conforme a legislação nacional”, explica.

O presidente da Embrapa frisou também que todos os projetos de cooperação técnica são acompanhados pelo Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento (DPD). “O DPD não atua como coordenador, mas participa das decisões sobre projetos como orientador e revisor técnico. Ele assegura que as propostas sigam os padrões da Embrapa e que os conhecimentos adquiridos durante as atividades no exterior sejam incorporados ao conhecimento geral da Embrapa”, disse.

A situação é diferente nos projetos de cooperação científica, prioridade na Empresa. Nesse caso, a programação faz parte da estratégia de atuação da Embrapa, definida pela Diretoria-Executiva, sob responsabilidade técnica do DPD.

Marcos Esteves (MTb 4505/14/45/DF)
Secretaria de Comunicação
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Fonte: Embrapa.br