Os avanços do Projeto de Biofortificação de Alimentos – Projeto BioFORT, foram mostrados nesta quarta-feira 23, à tarde, pelo pesquisador Maurisrael Rocha, da Embrapa Meio-Norte, no III Congresso Nacional de Feijão-Caupi, no auditório do Mar Hotel, em Recife.
O pesquisador fez uma prestação de contas. Ele disse que até agora já foram desenvolvidas e lançadas pela Rede de Biofortificação no Brasil, três cultivares de feijão-caupi; três cultivares de feijão comum, todas com altos teores de ferro e zinco; três cultivares de mandioca de mesa; e uma cultivar de batata-doce, todas com excelentes teores de pró-vitamina A.
Ele anunciou para o mês de maio deste ano, em Sete Lagoas, em Minas Gerais, o lançamento de uma cultivar de milho com altos teores de betacaroteno. O lançamento deve ser feito em um dia de campo, durante a reunião anual dos responsáveis por planos de ação e de atividades no Projeto BioFORT .
A Rede de Biofortificação no Brasil, disse Maurisrael Rocha, está trabalhando o desenvolvimento de mais cultivares de mandioca, batata-doce, abóbora, milho, arroz, feijão-caupi e feijão comum e trigo com altos teores de nutrientes. O trabalho é feito em rede, através do melhoramento convencional de plantas da mesma espécie.
Essas plantas são selecionadas e cruzadas, até que sejam obtidas variedades com maiores teores de ferro, zinco e pró-vitamina A. O pesquisador falou também do trabalho dele de análise e avaliação agronômica de genótipos, que resultou na descoberta de altos teores de ferro e zinco, nas cultivares BRS XiqueXique, BRS Aracê e BRS Tumucumaque. Estas três cultivares integram a lista de produtos biofortificados.
O Projeto BioFORT, cujo objetivo é reduzir a desnutrição e melhorar a saúde das pessoas, é liderado pela pesquisadora Marília Nutti, da Embrapa Agroindústria de Alimentos, com sede no Rio de janeiro. O trabalho é financiado pelo Fundo de Pesquisa Embrapa-Monsanto e a Fundação Bill e Melinda Gates.
Onze estados brasileiros estão integrados ao projeto, através de unidades da Embrapa, Universidades, Prefeituras e organizações não-governamentais. Pelo menos 150 profissionais entre pesquisadores, técnicos e professores estão participando das ações.
Mais informações: Fernando Sinimbu (654 MTb/PI)
(86) 3089-9118 – fernando.sinimbu@embrapa.br