Nicarágua avança em ações de biofortificação de alimentos no país

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A Nicarágua vem expandindo as atividades relacionadas à biofortificação de alimentos no país, oficializando o início da fase II de estratégia de ações, que está sob a liderança do Instituto Nicaraguense de Tecnologia Agropecuária (INTA). A partir de um workshop realizado na última semana de novembro, representantes do governo, ONGs e outras instituições nacionais e internacionais, dentre elas a Rede BioFORT, puderam mobilizar diversos setores e planejar conjuntamente as próximas ações envolvendo o desenvolvimento de cultivares com maiores teores de micronutrientes, avaliação de impacto tanto a nível socioeconômico quanto na nutrição humana e, por último, o processamento de alimentos gerados através dessas culturas biofortificadas.

O principal objetivo foi identificar atividades-chave, definir prioridades para a Nicarágua e organizar compromissos a serem desenvolvidos nos próximos cinco anos. Foram priorizadas as culturas de milho, arroz e feijão, por serem as mais consumidas pela população, além de possuírem substâncias que as condicionam em itens essências da alimentação nicaraguense. O aumento dos teores de minerais destes alimentos poderá contribuir para a melhoria da nutrição.

“Durante o workshop nós decidimos os trabalhos que serão realizados com esses três cultivares, configurando o modo de agir e as responsabilidades de cada agente inserido no projeto. Foi estabelecido o comitê gestor, que estará encarregado de coordenar as atividades planejadas nessa reunião e gerenciar o plano de trabalho e metas das organizações compromissadas com a biofortificação de alimentos”, disse Marília Nutti, líder da Rede BioFORT no Brasil e coordenadora do programa HarvestPlus na América Latina e Caribe.

O evento foi aberto pela diretora do INTA, María Isabel Martínez, que depois passou a palavra para a os órgãos que compuseram o tema de discussão no workshop. Estiveram presentes a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o Programa Mundial de Alimentos (PMA), o Ministério Agropecuário e Florestal da Nicarágua (MAGFOR), o próprio INTA, as universidades Centroamericana e Nacional Autônoma da Nicarágua e as ONGs Catholic Relief Services (CRS) e Acción Contra el Hambre.