O II Seminário Internacional de Biofortificação, realizado na última semana de agosto, no Panamá, pôde esclarecer os 120 participantes sobre os benefícios da biofortificação de alimentos desenvolvida no país, através do projeto AgroNutre. O Ministro da Agricultura, Jorge Arango, durante seu discurso no evento, reiterou o apoio do governo às ações envolvendo o melhoramento convencional de cultivares básicos como feijão, milho, arroz e batata-doce, no combate a má nutrição. O evento juntou pesquisadores, autoridades do governo, imprensa local e organizações comunitárias.
A pesquisadora da Embrapa Agroindústria de Alimentos e líder da Rede BioFORT, Marília Nutti, expressou suas perspectivas daqui para frente com o projeto. “Até agora, não só se conseguiu que a biofortificação se tornasse uma política de segurança alimentar do governo, como também foram alcançados progressos no melhoramento das cultivares, ocorrendo inclusive a liberação para consumo de algumas com quantidades significativas de aumento dos nutrientes.” Ela também adiciona que o AgroNutre é um programa que deve se seguir apoiando, vindo a ser um espelho para outros países centro americanos e do Caribe que estão trabalhando com essa mesma política nutricional.
O evento foi organizado pelo Instituto de Investigación Agropecuaria do Panamá (IDIAP), responsável por liderar as ações no país. Atuaram como parceiros nessa iniciativa, o programa de pesquisa HarvestPlus, além de outras organizações internacionais, como o Programa Mundial de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, em inglês).
Ismael Camargo, Coordenador do AgroNutre, e o Reverendo Alejandro Grunnebert também compuseram a mesa principal do seminário, junto do ministro Jorge Arango e da pesquisadora Marília Nutti.