Conferência em Ruanda termina com projeções otimistas

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Hoje, 2 de abril, é dada por encerrada a Segunda Conferência Global de Biofortificação. Durante o evento, as personalidades convidadas falaram de como a biofortificação de alimentos pode ser a alternativa mais viável para se combater a deficiência alimentar que assola bilhões de pessoas ao redor do mundo. O Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural da Nigéria, Akinwumi Adesina, foi um dos mais motivados com os projetos de biofortificação, afirmando em seu discurso que está disposto a fazer do seu país o maior produtor de cultivares biofortificados. Outra novidade no dia ficou por conta do Diretor do Centro de Consenso de Copenhague, Bjorn Lomborg, que mandou um vídeo depoimento para os participantes da conferência, afirmando que a biofortificação é um dos melhores investimentos a se fazer no mundo hoje em dia.

Recapitulando…

No primeiro dia do evento, o Primeiro Ministro de Ruanda, Pierre Habumuremyi abriu a cerimônia afirmando que era chegada a hora da biofortificação atrair os olhos do mundo como principal estratégia no combate à fome oculta. Logo em seguida, foi a vez do Diretor do HarvestPlus, Howarth Bouis, falar da importância em se empenhar para manter a agricultura realizando sua função primordial, que é gerar fornecimento para uma saudável nutrição. Foi lembrado de como os cultivares biofortificados de batata-doce, milho, mandioca, feijão e arroz já foram distribuídos para produtores em oito países-chaves da África e Sul da Ásia.

Christopher Elias, Presidente da Fundação Bill e Melinda Gates, acabou por destacar no dia o número de famílias de produtores rurais atingidas pelos projetos de biofortificação como um grande começo, e que, sem dúvida, ainda mais ações podem ser feitas para melhorar o quadro de nutrição infantil pelo mundo.

O segundo dia da conferência contou com Mankombu Swaminathan, primeira pessoa a receber o Prêmio Mundial da Alimentação, transmitindo aos presentes seu otimismo em enxergar a biofortificação como uma inovação de base agrícola fundamental na erradicação da deficiência alimentar. Joane Nkulilye, produtora rural de Ruanda, também teve a oportunidade de contar sua experiência para os participantes da reunião. Depois de tomada a decisão de cultivar feijões biofortificados em 2010, hoje ela tem se referido a essas variedades como “milagrosas”, muito em virtude dos altos rendimentos alcançados em comparação com as cultivares convencionais, lhe permitindo dobrar a sua colheita. “Feijões biofortificados nos fizeram amar a agricultura de novo”, finaliza a produtora.