Veja quais produtos agrícolas devem impulsionar a safra de 2018

Plantação do produto agrícola sorgo

A economia brasileira deve muito de sua recuperação — ainda que devagar — à agricultura nacional. O campo em 2018 já mostra otimismo com a sua produção, pois os dados desta foram revisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que apontou um aumento de mais de um milhão de toneladas na safra atual de produtos agrícolas.

Diversas novidades vêm ocasionando uma melhor produtividade no meio rural. Desde tecnologias avançadas às boas práticas de manejo, o produtor está sendo capaz de aumentar a renda e ainda aliar técnicas sustentáveis na propriedade. Tanto o mercado interno quanto o externo desempenham importante papel na demanda agrícola. A expectativa é que a projeção concretize-se e consiga ser superada nos anos seguintes.

Agora então vamos conhecer quais são os produtos agrícolas que devem impulsionar a safra brasileira de 2018!

Soja

O cultivo teve a sua previsão de colheita aumentada em 0,6%. A soja tem tudo para carimbar 2018 como um ano recorde na sua produção e exportação. Os grãos ancestrais da soja que hoje consumimos vieram do continente asiático, mais precisamente da China (a.C.), onde o cruzamento natural de espécies selvagens melhoradas por pesquisadores foi o começo de todo o processo evolutivo do produto agrícola. O Ocidente passou a produzir o cultivo no século XV, e no início do século XX, a indústria enxergou o potencial econômico da soja.

A média nacional do cultivo, de acordo com o divulgado em fontes oficiais de entidades públicas e empresas privadas, é de 50 sacas por hectare, porém alguns pesquisadores já alertam que 45 sacas por hectare seria um número mais real em relação ao cenário apresentado no campo. O principal fator que contribui para esta queda de rendimento é em relação ao manejo do solo — a baixa profundidade de plantio ocasiona pouca retenção de água da chuva complicando a vida do agricultor que enfrenta frequentes períodos de seca. A má utilização do sistema de plantio direto, levando a não diversificação de culturas, promovem esse erro no trato com o solo.

Sorgo

O cultivo de sorgo foi o que mostrou melhor aumento nas projeções com uma estimativa girando em torno de 7,3%. O produto agrícola tem uma média nacional de produtividade de 2,8 toneladas por hectare, sendo as regiões Centro-Oeste e Sudeste as principais representantes da sua produção — quase 90% da safra brasileira. Goiás, Minas Gerais e Mato-Grosso estão entre os maiores produtores da cultura no país.

O sorgo é um cereal produzido majoritariamente para o consumo animal, porém a sua presença na dieta humana tende a crescer já que o produto apresenta uma riqueza de nutrientes e antioxidantes. Sem falar que, por ser livre de glúten, é natural a preferência deste ante o trigo pelos que sofrem de alergia ou intolerância alimentar.

Milho

A produção de milho (segunda safra) esperado para 2018 aumentou em 0,7%. O cultivo é um dos que mais sofre variações de produtividade no Brasil — alguns produtores conseguem alcançar de 12 a 14 toneladas por hectare. Porém, é bem comum encontrarmos números bem abaixo deste total, o que sustenta a necessidade de o agricultor buscar sempre que possível assistência técnica pública ou privada para orientação quanto ao manejo e prévias análises de solo, assim como um maior esclarecimento da semente escolhida.

O Brasil direciona grande parte da safra para a ração animal, mas existem variedades próprias para o consumo humano que vêm se mostrando mais nutritivas e produtivas. O cultivo e seus derivados são unanimidade na composição de alimentos processados, estando presentes em mais de 80% dos produtos disponibilizados em supermercados.

Café

O café canephora também foi outro a levantar as estimativas com um aumento de 2,9% nas previsões. Aliás, 2018 vem sendo um ano especial para o produto agrícola, pois sua média de produção alavancou de 26 sacas por hectare (2016) para em torno de 28 a 30 sacas por hectare, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). 

As informações concretizando-se teremos o Brasil como responsável por mais de 30% da produção mundial. Os estados que devem construir tal cenário são os que hoje ocupam as primeiras posições por área plantada de café: Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Rondônia e Paraná, respectivamente nesta ordem.

A difusão da tecnologia alinhada com as boas práticas de manejo confere não só otimismo, mas uma realidade seguramente positiva para a safra dos produtos agrícolas citados. O agricultor deve medir os cuidados necessários para potencializar a sua produção e não cair mais nas armadilhas básicas que ainda vemos por aí. Exemplos não faltam: falta de análise de solo, pouca rotatividade de culturas, curta fixação de sementes e outras mais. A saída para um campo rico e sustentável passa primeiro pelo consumo de conhecimento.

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