Quando a inovação agrícola e nutricional flerta com o esporte


A biofortificação de alimentos é mais do que nunca uma iniciativa inovadora, característica que parece refletir dentre os seus consumidores, em especial os atletas, tais como Giovana Stephan e Renan Alcântara, primeiro e único casal de dueto misto de nado sincronizado brasileiro. Por conta do rendimento físico, ambos possuem uma grande preocupação com a alimentação, fato que explica o otimismo demonstrado com a inovação agrícola e o futuro desta no cenário brasileiro.

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“Adorei a batata-doce biofortificada. Ela é muito doce, mais suave, sem falar que cresce de forma rápida, bem verdinha até, fico ansiosa para colher. Por mim já teria experimentado todos os alimentos biofortificados, o atleta precisa sempre investir na sua dieta, na qualidade dos alimentos que ele vai consumir, para obter uma melhora no desempenho, e os biofortificados trazem tudo isso. Suplementos são muito artificiais e caros, além de sobrecarregar o organismo.”

Conclui a atleta que durante 10 anos fez parte da seleção brasileira sênior de nado sincronizado, hoje representando o país no dueto misto. Dentre os seus maiores feitos estão a de primeira solista a ir a uma final, fato que ocorreu no Mundial de Roma, em 2009.
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O pai de Giovana, Sr. Giuseppe Stephan, recebeu em janeiro amostras de sementes biofortificadas de feijão preto (BRS Supremo) e ramas de batata-doce biofortificadas para plantio em sua propriedade na cidade de Teresópolis, no Rio de Janeiro. O perfil da inovação agrícola logo chamou a atenção de Giovana e do namorado por, justamente, apostar no melhoramento tradicional para aumentar vitaminas e minerais.

“Temos que ter uma qualidade de sono e uma nutrição muito boa para alcançar uma melhor performance, algo que pode vir com os alimentos biofortificados. Sem falar, que eu e Giovana buscamos ter uma vida natural. Eu já como muita batata-doce, levávamos pro treino batata-doce e ovo, agora foi a vez da batata-doce biofortificada.”

Ressalta Renan Alcântara, que também elogiou a inciativa social em reduzir a insegurança nutricional, conhecida mais como fome oculta, responsável por assolar uma a cada três pessoas no mundo.

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Ao lado de Renan e Giovana no círculo esportivo de apreciadores dos alimentos biofortificados, encontra-se Karina Lins e Silva, ex-atleta de vôlei de praia, que hoje vem cuidando dos preparativos olímpicos no Rio de Janeiro, durante seu trabalho no Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016. Formada em nutrição e educação física, viveu grandes momentos no esporte como o período formando dupla com a campeã olímpica Sandra Pires, na época ainda com 19 anos, e o primeiro lugar no campeonato brasileiro de 94 (Circuito BB) com a jogadora Renata Palmier, indo até a aposentadoria de competições, em 1998. Hoje, se concentra entre a administração de sua fazenda, em Teresópolis, e no projeto Set Point, do qual é uma das idealizadoras. Quando o assunto gira em torno da biofortificação, Karina também mostrou entusiasmo com as cultivares. Ela também plantou variedades de feijões pretos e cariocas, todos biofortificados.

“Minha mãe provou o milho e adorou, ele é muito doce, super macio, uma delícia, chegamos até a brincar sobre trocar a criação de gado pela de cultivares. Achei a batata-doce também muito gostosa, o sabor tende um pouco para o sabor da abóbora, além de ser mais macia. Após a colheita disponibilizei algumas quantidades para serem feitas análises na Embrapa, que por sinal acabou dando resultados muito bons de quantidade de nutrientes.” 

Ela acredita que essa inovação agrícola chega em uma boa hora, visto que muitas pessoas ainda optam pela suplementação.

“A suplementação acaba sendo cara e nem sempre eficaz, reflete muitas vezes como um desperdício, chegando até a provocar sobrecarga renal. As pessoas ás vezes não têm necessidade daquela tamanha quantidade de proteína disponível no suplemento. Acaba havendo uma priorização de alimentos em detrimentos de outros. Mais opções naturais como os biofortificados, nos permite conscientizar melhor os jovens com relação a alimentação”

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