Embrapa instala URTs com os cultivares BRS Tumucumaque e BRS Aracê, com sistema de produção inovador na Comunidade Terapêutica Fazenda da Paz, na zona rural leste de Teresina/PI

Este sistema inovador vai agregar valor ao feijão pós-colheita.
Os pequenos agricultores do entorno da Comunidade Nova Esperança serão beneficiados também com as ações de transferência de tecnologias previstas no plano de trabalho, que iniciou em março e vai até dezembro de 2024. O plano também prevê a realização de dez cursos de capacitação, três eventos técnicos, como dia-de-campo, e a produção de um vídeo trazendo as tecnologias desenvolvidas durante o convênio.

REUNIÃO COM O PESSOAL DA SECRETARIA DE CULTURA DE PARATY

O analista da Embrapa, Leandro Gonçalves de Souza Leão esteve em Paraty, visitando o experimento no Horto Municipal de Paraty, com a batata-doce e a mandioca biofortificadas.

Este experimento em Paraty conta com o apoio da Prefeitura Municipal, dentre eles os parceiros Daniele Elias Santos, Chefe de Departamento de Agricultura, Turismo Rural e turismo de Base Comunitária;
Vagno Martins da Cruz, Secretário adjunto de Agricultura; o Engenheiro Agrônomo Jose Luís Gonçalves Barros e o Secretário de Pesca e Agricultura, Marcio Alvarenga.

Rede BioFORT lança curso online sobre biofortificação

 

A rede para biofortificação de alimentos no Brasil, o BioFORT, lança a primeira turma do curso gratuito “Introdução à biofortificação”, na modalidade a distância. Em dez módulos e um total de 20 horas, serão abordados conceitos sobre o processo de melhoramento de alimentos, história e objetivos da Rede BioFort, dados sobre fome oculta, entre outros. O treinamento é totalmente online e está disponível no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) da Embrapa, que coordena os trabalhos da Rede. As inscrições ocorrem de 14 a 30 de outubro, para realização do curso de 04 a 29 de novembro.

Para se inscrever, acesse este link!

O curso é voltado a empregados da Embrapa, produtores, extensionistas, professores, pesquisadores, estudantes, dirigentes e técnicos de agroindústrias, bem como representantes de órgãos de fomento e formuladores de políticas públicas. Mas, também, é aberto a interessados no tema. O objetivo é promover a integração dos membros e parceiros da Rede para disseminação de conhecimentos técnico-científicos e experiências de produtores com o cultivo de alimentos biofortificados.

Um dos diferenciais está na presença de uma série exclusiva denominada “Narrativas”, com depoimentos de parceiros de várias regiões do Brasil. A ideia é conectar as experiências e formar uma grande rede para intercâmbio e construção do conhecimento. O treinamento ainda apresenta vídeos explicativos, entrevistas com especialistas na área, apostilas de apoio e questionários de validação ao fim de cada módulo – para obtenção de certificado emitido pela Embrapa é necessária nota mínima de 70 no somatório de todos os módulos.

Foram responsáveis pela elaboração do conteúdo de texto e vídeo o jornalista e ex-consultor da Rede, Raphael Santos, e a analista da Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro, RS) Camila Stephan Marques da Silva. O material ainda passou pela normalização da biblioteconomista Celma Rivanda Machado de Araújo e revisão do pesquisador André Nepomuceno Dusi. Atualmente, o curso é gerenciado pelo analista de Transferência de Tecnologia da Embrapa Leandro Leão.

O curso não terá tutoria, mas haverá um mediador responsável por acompanhar a evolução da turma, incentivar a utilização do fórum e tirar dúvidas por e-mail, através do endereço: duvidas-biofort@embrapa.br.

Objetivos de Aprendizagem

O conteúdo programático do curso conta com dez módulos, previstos para serem realizados no período de oito semanas. Os objetivos de aprendizagem são:

  • Entender o que é fome oculta e as soluções para combater o problema;
  • Explorar o conceito de biofortificação, excluindo equívocos quanto à transgenia;
  • Entender a relação da biofortificação com fortificação e suplementação;
  • Reconhecer as vantagens da biofortificação e seus benefícios à saúde e à agricultura;
  • Saber o papel da Embrapa na segurança nutricional e a história da Rede BioFORT;
  • Conhecer as cultivares biofortificadas já lançadas e suas características sensoriais;
  • Saber como acessar materiais biofortificados;
  • Identificar as ações envolvendo a biofortificação nos estados;
  • Conhecer os principais benefícios dos alimentos biofortificados aos agricultores;
  • Analisar o cenário nutricional no mundo e as expectativas com a biofortificação.

BioFORT

A Rede BioFORT é o conjunto de projetos responsáveis pela biofortificação de alimentos no Brasil. Busca diminuir a desnutrição e garantir maior segurança alimentar e nutricional através do aumento dos teores de ferro, zinco e vitamina A na dieta da população mais carente – três das maiores carências mundiais. No Brasil, a biofortificação consiste na seleção e cruzamento de plantas da mesma espécie, gerando cultivares mais nutritivas, com foco no melhoramento de alimentos básicos, como arroz, feijão, feijão-caupi, mandioca, batata-doce, milho, abóbora e trigo.

Francisco Lima (13696 DRT/RS)
Embrapa Clima Temperado

Contatos para a imprensa
clima-temperado.imprensa@embrapa.br
Telefone: (53) 3275.8206

BioFORT participa de concurso internacional sobre casos de sucesso na agricultura familiar

A rede de pesquisa e transferência de tecnologia em biofortificação de alimentos coordenada pela Embrapa, o BioFORT, está participando do “Terceiro concurso de casos exitosos de inovações para a adaptação da agricultura familiar – agricultura e nutrição.” O caso apresentado pelo projeto é o da batata-doce biofortificada BRS Amélia – variedade enriquecida em pró-vitamina A, que promove segurança alimentar, principalmente junto a comunidades em situação de vulnerabilidade no Sul do Brasil.

Organizado pelo Fontagro, o concurso busca identificar e documentar exemplos bem sucedidos de inovação na agricultura para melhorar a disponibilidade e qualidade nutricional dos alimentos. Também visa identificar experiências que tenham potencial para reprodução em outros locais.

Saiba mais no site do concurso.

Dentre três categorias, a Rede BioFORT concorre na modalidade “Setor público nacional e organizações não-governamentais da América Latina, Caribe e Espanha junto a outras 50 experiências. Em cada categoria, as iniciativas selecionadas receberão valor em dinheiro para pesquisadores, produtores e usuários que participaram do caso; recursos para fortalecimento da capacidade institucional da organização ganhadora; e uma viagem a Washington para a apresentação do caso.

Também, os dez melhores casos selecionados receberão um reconhecimento e irão integrar a publicação final com os casos de destaque, a ser distribuída internacionalmente em espanhol e inglês e apresentada em reunião especial na Sede do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em Washington. A previsão é que os resultados saiam até o fim deste ano.

As propostas submetidas serão avaliadas mediante oito critérios: execução em países da América Latina, Caribe ou Espanha; realização nos últimos 15 anos e implementação em no mínimo três; benefício direto a pequenos agricultores; relação com a cadeia agroalimentar; benefícios nos aspectos produtivos, econômicos, sociais, ambientais e em termos de diversificação nutricional; potencial para uso em outras regiões; magnitude quantitativa do impacto; e evidências de replicabilidade.

Para o líder da Rede BioFORT no Brasil, o pesquisador da Embrapa José Luiz Viana de Carvalho, a participação vai além da disseminação de uma história de sucesso do projeto. “É a nossa contribuição para o almoço e a janta do dia a dia com maior qualidade nutricional. Ou seja, é o somatório de uma série de práticas para que consigamos diminuir a fome oculta na América Latina”, afirmou.

Fontagro
Fontagro é uma forma de cooperação entre países da América Latina, Caribe e Espanha, que promove a inovação da agricultura familiar, a competitividade e a segurança alimentar. Foi criada em 1998 com o objetivo de contribuir para o manejo sustentável dos recursos naturais, a melhoria da competitividade e a redução da pobreza, mediante o desenvolvimento de tecnologias e inovações de relevância para a sociedade e seus países membros.

Atualmente, integram a entidade 15 países: Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Espanha, Honduras, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela. Patrocinam a iniciativa o Banco Interamericano de Desenvolvimento e o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura.

BioFORT
Rede BioFORT é o conjunto de projetos responsáveis pela biofortificação de alimentos no Brasil. Busca diminuir a desnutrição e garantir maior segurança alimentar e nutricional através do aumento dos teores de ferro, zinco e vitamina A na dieta da população mais carente – três das maiores carências mundiais. No Brasil, a biofortificação consiste na seleção e cruzamento de plantas da mesma espécie, gerando cultivares mais nutritivos, com foco no melhoramento de alimentos básicos, como arroz, feijão, feijão-caupi, mandioca, batata-doce, milho, abóbora e trigo.

Francisco Lima (13696 DRT/RS)
Embrapa Clima Temperado

Contatos para a imprensa

Telefone: (53) 3275.8206

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

BioFORT realiza ações com biofortificação no Haiti

 

A Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro, RJ) coordena atividades de biofortificação na América Latina e Caribe desde 2012 e, junto ao HarvestPlus-CIAT, realiza ações no Haiti, introduzindo variedades de mandioca e batata-doce com maiores níveis de pró-vitamina A. O objetivo do projeto no Haiti, iniciado em 2016 e concluído em 2018, foi aumentar a capacidade do país em melhoramento convencional de mandioca e batata-doce, assim como estabelecer capacidade de análise de carotenóides com uso de espectrofotômetro, assim como pelos métodos iCheck e NIRS portátil.

Em setembro de 2017, o furacão Irma atingiu o país, dificultando a comunicação entre parceiros e ocasionando perdas de material. Já no segundo semestre de 2018, a crise política no Haiti inviabilizou a realização dos workshops planejados.

 

Apesar das dificuldades, foram conduzidos treinamentos e desenvolvidos manuais de produção de mudas em condições de segurança fitossanitária em espanhol, francês, inglês e português. Também foram conduzidos treinamentos em análise de carotenóides e feita a recomendação teórica para a implementação de sistema de monitoramento e avaliação de modo a garantir o controle de qualidade das análises realizadas. Adicionalmente, a casa de vegetação de Les Cayes foi recuperada com o auxílio de fundos do MarketPlace.

Quando a inovação agrícola e nutricional flerta com o esporte


A biofortificação de alimentos é mais do que nunca uma iniciativa inovadora, característica que parece refletir dentre os seus consumidores, em especial os atletas, tais como Giovana Stephan e Renan Alcântara, primeiro e único casal de dueto misto de nado sincronizado brasileiro. Por conta do rendimento físico, ambos possuem uma grande preocupação com a alimentação, fato que explica o otimismo demonstrado com a inovação agrícola e o futuro desta no cenário brasileiro.

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“Adorei a batata-doce biofortificada. Ela é muito doce, mais suave, sem falar que cresce de forma rápida, bem verdinha até, fico ansiosa para colher. Por mim já teria experimentado todos os alimentos biofortificados, o atleta precisa sempre investir na sua dieta, na qualidade dos alimentos que ele vai consumir, para obter uma melhora no desempenho, e os biofortificados trazem tudo isso. Suplementos são muito artificiais e caros, além de sobrecarregar o organismo.”

Conclui a atleta que durante 10 anos fez parte da seleção brasileira sênior de nado sincronizado, hoje representando o país no dueto misto. Dentre os seus maiores feitos estão a de primeira solista a ir a uma final, fato que ocorreu no Mundial de Roma, em 2009.
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O pai de Giovana, Sr. Giuseppe Stephan, recebeu em janeiro amostras de sementes biofortificadas de feijão preto (BRS Supremo) e ramas de batata-doce biofortificadas para plantio em sua propriedade na cidade de Teresópolis, no Rio de Janeiro. O perfil da inovação agrícola logo chamou a atenção de Giovana e do namorado por, justamente, apostar no melhoramento tradicional para aumentar vitaminas e minerais.

“Temos que ter uma qualidade de sono e uma nutrição muito boa para alcançar uma melhor performance, algo que pode vir com os alimentos biofortificados. Sem falar, que eu e Giovana buscamos ter uma vida natural. Eu já como muita batata-doce, levávamos pro treino batata-doce e ovo, agora foi a vez da batata-doce biofortificada.”

Ressalta Renan Alcântara, que também elogiou a inciativa social em reduzir a insegurança nutricional, conhecida mais como fome oculta, responsável por assolar uma a cada três pessoas no mundo.

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Ao lado de Renan e Giovana no círculo esportivo de apreciadores dos alimentos biofortificados, encontra-se Karina Lins e Silva, ex-atleta de vôlei de praia, que hoje vem cuidando dos preparativos olímpicos no Rio de Janeiro, durante seu trabalho no Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016. Formada em nutrição e educação física, viveu grandes momentos no esporte como o período formando dupla com a campeã olímpica Sandra Pires, na época ainda com 19 anos, e o primeiro lugar no campeonato brasileiro de 94 (Circuito BB) com a jogadora Renata Palmier, indo até a aposentadoria de competições, em 1998. Hoje, se concentra entre a administração de sua fazenda, em Teresópolis, e no projeto Set Point, do qual é uma das idealizadoras. Quando o assunto gira em torno da biofortificação, Karina também mostrou entusiasmo com as cultivares. Ela também plantou variedades de feijões pretos e cariocas, todos biofortificados.

“Minha mãe provou o milho e adorou, ele é muito doce, super macio, uma delícia, chegamos até a brincar sobre trocar a criação de gado pela de cultivares. Achei a batata-doce também muito gostosa, o sabor tende um pouco para o sabor da abóbora, além de ser mais macia. Após a colheita disponibilizei algumas quantidades para serem feitas análises na Embrapa, que por sinal acabou dando resultados muito bons de quantidade de nutrientes.” 

Ela acredita que essa inovação agrícola chega em uma boa hora, visto que muitas pessoas ainda optam pela suplementação.

“A suplementação acaba sendo cara e nem sempre eficaz, reflete muitas vezes como um desperdício, chegando até a provocar sobrecarga renal. As pessoas ás vezes não têm necessidade daquela tamanha quantidade de proteína disponível no suplemento. Acaba havendo uma priorização de alimentos em detrimentos de outros. Mais opções naturais como os biofortificados, nos permite conscientizar melhor os jovens com relação a alimentação”

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Embrapa, FAO, CIAT e outras instituições discutem os próximos passos para a biofortificação na América Latina e Caribe


Mais DSC_0272-2de 70 representantes de instituições como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Centro Internacional para Agricultura Tropical (CIAT), a Fundação Semilla Nueva, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), o Instituto Internacional de Pesquisa sobre Políticas de Alimentação (IFPRI, em inglês), o Instituto de Ciências e Tecnologias Agrícolas (ICTA), dentre outras mais, se encontraram nos dias 3 e 4 de abril na cidade de San José, na Costa Rica, para a II Reunião Anual do Programa de Pesquisa HarvestPlus na América Latina e Caribe (LAC, em inglês). O objetivo foi compartilhar entre os responsáveis por atuarem na região, as experiências, problemas, soluções e resultados envolvendo as cultivares biofortificadas no decorrer do ano de 2015 e discutir as atividades e os planos para os próximos anos.
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Embrapa, MDA, MDS e Consea discutem o programa de biofortificação brasileiro

Reunião - Abertura para Perguntas

No dia 15 de março, foi realizado no auditório da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em sua sede em Brasília, um encontro com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), diante da necessidade de um fortalecimento do diálogo com essas instituições no que tange aos projetos de biofortificação no Brasil. Procurou-se esclarecer questões sobre melhoramento convencional, multiplicação de sementes, avaliações nutricionais e preferências de consumo.

“Como eu venho da área de antropologia, meu interesse maior é na dimensão cultural. Além de termos que assegurar uma alimentação diversificada que atenda as necessidades nutricionais, nós temos que assegurar o direito ao gosto, temos que nos perguntar o que dizem as crianças, as pessoas que consomem de modo geral.”

Ressalta a presidente do Consea, Maria Emília Pacheco.

O programa de biofortificação brasileiro é configurado a partir de um grupo de projetos denominados, em conjunto, como Rede BioFORT, cujo principal objetivo é fortalecer a segurança nutricional em regiões e comunidades mais necessitadas pelo país. Por meio de melhoramento convencional, cultivares de arroz, feijão, batata-doce, mandioca, milho, feijão-caupi, abóbora e trigo são selecionados e cruzados, sem a adesão de técnicas transgênicas, para a geração de variedades contendo maiores teores de pró-vitamina A, ferro e zinco, combatendo assim a deficiência de micronutrientes no organismo humano, a popular fome oculta, que dentre as doenças provocadas, estão a anemia e a cegueira noturna.

Reunião - Apresentação de Dra. Marília Nutti Ao final de 2012, com o início das atividades de transferência de tecnologia de biofortificados no Brasil, foi possível começar a desenvolver uma aproximação com os potenciais consumidores desses alimentos. Foram alcançados resultados nas regiões nordeste, sudeste e sul do Brasil, onde a coordenadora da Rede BioFORT na América Latina e Caribe, e também pesquisadora da Embrapa Agroindústria de Alimentos, Marília Nutti, destaca a implantação de 120 Unidades Demonstrativas, cujo material coletado é destinado às famílias de produtores rurais dos municípios conveniados e à merenda escolar.

Em 2015, alguns estudos de consumo desses alimentos puderam ser concluídos e, assim, mostrar com maior clareza o nível de aceitação em crianças, jovens e agricultores familiares. A cidade de Itaguaí, no estado do Rio de Janeiro, foi alvo de uma pesquisa com 327 alunos de idades entre 4 e 12 anos, regularmente matriculados em três escolas municipais, onde responderam questionários para uma de avaliação de aceitação com variedades biofortificadas e convencionais inseridas na alimentação escolar. Constatou-se que a população do estudo foi predominantemente das classes D-E, residentes em zona rural, sendo a dieta habitual marcada pela presença de alimentos básicos, sendo assim, foram utilizadas na pesquisa em questão, cultivares biofortificadas de mandioca, batata-doce, milho e feijão.

As variedades biofortificadas foram tão aceitas quanto as convencionais, levando o estudo a concluir que a biofortificação constitui uma alternativa viável para a alimentação escolar de Itaguaí. Outro estudo concluído no mesmo ano, feito em seis municípios do estado do Piauí, tomou como base entrevistas realizadas com 50 famílias de comunidades rurais, em que se optou por avaliar a receptividade do feijão-caupi biofortificado, BRS Aracê (feijão verde). Mais de 90% dos entrevistados afirmaram terem gostado da cor, do sabor e das propriedades culinárias, e que voltariam a plantar o feijão caupi. Em relação às características agronômicas, as diferenças de cultivo entre o BRS Aracê e outras cultivares de feijão foram consideradas mínimas pelas famílias que fizeram parte do estudo. Alguns produtores destacaram que a variedade necessitava de uma quantidade menor de água.

“O BioFORT é mais um projeto dentro de uma constelação, hoje extremamente diferenciada na Embrapa. Nossa ideia é que possamos disponibilizar esse material para a sociedade, e não nos apropriarmos dele para fins exclusivos de negócios, pois são materiais identificados dentro da nossa biodiversidade, com muitos, inclusive, já encontrados dentro do nosso banco de germoplasma.”

Analisa o diretor executivo de transferência de tecnologia da Embrapa, Waldyr Stumpf Junior.

Experiências no sul do país vêm comprovando, ainda, uma forte adesão de agricultores agroecológicos.

“No Rio Grande do Sul, temos dialogado e trabalhado com comunidades indígenas e camponesas. Nessas realidades a biofortificação vem crescendo sem prejuízo a diversidade cultural e biológica mantida pelos agricultores. Outros cuidados referem-se às práticas agroecológicas, a inclusão social e produtiva, além da questão de gênero e de geração.”

Conclui o analista da Embrapa Clima Temperado, Alberi Noronha.

A expectativa é que outros encontros entre essas instituições federais aconteçam na forma de seminários, workshops e até dias de campo, como forma de ampliar a discussão do avanço da segurança alimentar na sociedade brasileira.

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