Na Embrapa Trigo (Passo Fundo, RS), o programa de biofortificação começou há três anos, com a seleção de 220 genótipos que foram avaliados em diferentes regiões tritícolas quanto ao teor de Ferro e Zinco. No grupo de cultivares restaram 50 com melhor valor nutritivo.
Para o trabalho de pesquisa estão sendo utilizadas técnicas de melhoramento tradicional, ou seja, através de cruzamentos entre genótipos que possuem características de interesse, avaliando a descendência e selecionando aqueles com o melhor desempenho, e técnicas de biologia molecular avançada, com a prospecção de genes com maiores conteúdos de proteína, ferro e zinco do que os trigos empregados para panificação nos dias de hoje.
Apesar do avanço, a previsão da Embrapa Trigo é chegar a uma cultivar de biofortificada somente no prazo de dois anos. A dificuldade, segundo o pesquisador Pedro Scheeren, está em gerar cultivares que atendam tanto as demandas do consumidor, como qualidade industrial e nutricional, como do produtor, que exige cultivares com bom potencial produtivo e resistência a pragas e doenças.
Outras informações:
Jornalista Joseani Antunes (joseani@cnpt.embrapa.br)
MTB 9693/RS
Embrapa Trigo
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