Parceria entre Fórum do Futuro, Embrapa, FAO, Banco Mundial e outras instituições rende prêmio de apoio ao empreendedorismo sustentável

Prêmio Fórum do Futuro
No dia 16 de maio será lançado o prêmio “Novos Talentos para o Alimento Sustentável/Américas”, na sede do Banco Mundial, em Washington. A iniciativa é do Instituto Fórum do Futuro que, em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, em inglês), o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Banco Mundial, FAPEMIG, FAPEG, Universidade Federal de Viçosa (UFV) e outras instituições, foi possível montar essa competição para distribuir aos jovens vencedores prêmios no valor de 55 mil reais, visando apoiar a formação de start ups a partir das ideias selecionadas.

O objetivo é aproximar jovens universitários das oportunidades acadêmicas, científicas, profissionais e de empreendedorismo embutidas no desafio de aumentar a produção de alimentos em escala planetária e, ao mesmo tempo, intensificar a sustentabilidade dos sistemas produtivos.

A organização do evento ainda tem programado duas datas para a realização de circuitos promocionais com a temática de empreendedorismo sustentável em duas universidades americanas. No dia 17/05, a visita será na John Hopkins University (Washington D.C.), antecedendo a ida para a Nova Iorque, no dia 18/05, onde os convidados irão poder conhecer e participar de atividades na Columbia University, local esse que a pesquisadora da Embrapa Agroindústria de Alimentos, Marília Nutti, ministrará uma palestra e participará da mesa redonda de discussão do tema “Diálogo, Agricultura e Sociedade: Instrumento de Cidadania e Boa Governança – As Novas Demandas e a Capacidade de Resposta da Cadeia de Valor”, programada para iniciar às 11h15. O moderador da atividade será Ryan Nehring (Cornell University), enquanto que os outros palestrantes confirmados são Zaíra Turchi (FAPEG) e Fernando Barros (Fórum do Futuro). Ao longo do dia, é esperado um encontro entre os palestrantes da mesa e professores da universidade, como o economista Jeffrey Sachs, um dos principais arquitetos das Metas do Milênio da ONU, responsável por coordenar o Instituto da Terra.

Marília Nutti - Foto por Tarcila VianaMarília Nutti espera dar sua contribuição no que tange a agricultura e alimentação sustentável, por meio de sua experiência na gestão do programa de pesquisas HarvestPlus América Latina e Caribe, que vem desenvolvendo pesquisas e difusão no ramo da biofortificação de alimentos. “A biofortificação é uma política de segurança alimentar global, sendo considerada pela própria FAO como um esforço promissor para aumentar os teores de micronutrientes de alimentos básicos. Ela surge como uma alternativa, em conjunto com outras, para fortalecer o combate a fome oculta. ” Conclui a pesquisadora brasileira.

A pesquisadora também exerce a liderança da Rede BioFORT, que coordenada pela Embrapa, formaliza a união dos projetos de biofortificação de alimentos do Brasil. A Rede BioFORT conta ainda com projetos financiados pela Embrapa, CNPq, e diversas fundações estaduais de suporte a pesquisa. A partir da utilização da técnica de melhoramento genético convencional, é selecionado e aumentado o conteúdo de micronutrientes dos seguintes cultivares: arroz, feijão, batata-doce, mandioca, milho, feijão-caupi, abóbora e trigo. Novas culturas são geradas contendo maiores teores de pró-vitamina A, ferro e zinco, fortalecendo assim o combate à carência de micronutrientes no organismo de uma pessoa, popular fome oculta, que assola uma em cada três pessoas no mundo, podendo provocar anemia e cegueira noturna.

Mais sobre o Prêmio Novos Talentos

(fonte: www.premionovostalentos.com)

O prêmio foi criado diante do cenário global que projeta uma crise de oferta de alimentos no horizonte das próximas décadas. É neste contexto que o órgão das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) apela ao Brasil para entregar 40% da demanda suplementar de alimentos ao mercado mundial, um esforço que deve representar um total de mais 100 milhões de toneladas, em vinte anos. E, como produzir mais alimentos, tendo que ao mesmo tempo intensificar a sustentabilidade e reduzir o consumo de recursos escassos? “É para este desafio histórico que o “Prêmio Novos Talentos” está convocando os jovens de todas as áreas do conhecimento, voltadas para a tecnologia, que nem sempre convivem com as questões da agricultura”, comenta o professor Evaldo Vilela, Diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da FAPEMIG. De acordo com Vilela, Coordenador do projeto, “é muito possível que um estudante da área da robótica, da mecatrônica ou de outras engenharias já tenha uma idéia capaz de minimizar o custo e de racionalizar o uso da água na irrigação”. Além das Ciências Agrárias, são consideradas aqui também áreas como a Biologia, a Informática, a Economia, o Design e Administração, já que o setor exige urgentes soluções nas áreas de gestão e de planejamento.

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