Biofortificação recebe investimento para crescer no Maranhão

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No dia 12 de abril, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Governo do Maranhão assinam convênio que irá garantir, por meio das instituições que compõem o sistema de agricultura do estado, aproximadamente oito milhões e meio de reais investidos para fortalecer a transferência de cultivos biofortificados no Maranhão. Essas variedades agrícolas possuem maiores teores de vitaminas e minerais, alcançados graças a técnica de melhoramento convencional conhecida como biofortificação. A Embrapa, com suas unidades, Embrapa Cocais, Embrapa Meio-Norte e Embrapa Agroindústria de Alimentos, juntamente com a parceria do programa global líder em biofortificação, HarvestPlus, irá mobilizar cerca de 500 mil reais como forma de investimento na agricultura familiar do Maranhão. O secretário de Agricultura Familiar, Adelmo Soares, falou a respeito da parceria.

O Maranhão está de braços abertos. Estamos adotando os cultivos biofortificados. Temos um grande grupo composto de 90 novos técnicos que estão sendo treinados nisso. Estamos também distribuindo sementes e, assim, expandindo o programa com a ajuda da Embrapa Meio-Norte. Nós planejamos comprar sementes o suficiente para plantar no estado. Acreditamos que essa parceria entre a Embrapa e o estado do Maranhão, com a Secretaria de Agricultura Familiar, teremos tudo para aumentar a produção de feijão-caupi.

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Tão presente no cotidiano atual, a diversidade tem pautado não só as relações sociais no território maranhense, como também a produção rural de pequenos agricultores optantes por diversificar as vendas de cultivos à programas públicos de alimentação escolar voltados para aquisição diretamente pela agricultura familiar. O Estado vem integrando jovens e crianças matriculados em 32 escolas da rede pública do município de Alto Alegre-MA, por meio do projeto “Educando com a Horta Escolar e a Gastronomia”, com práticas de socialização multidisciplinar, aproximando os alunos de princípios de educação ambiental e agronômica de forma sistemática e direcionada ao currículo escolar, baseando-se na sustentabilidade e na segurança alimentar. Os alimentos biofortificados estão presentes em onze escolas e uma creche, cujo responsável técnico é o professor Francisco de Assis Gonçalves Andrade.

A instalação do projeto, especificamente, na cidade de Alto Alegre foi motivada devido ao seu baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), maus hábitos alimentares e ausência local de políticas públicas voltadas para alimentos mais nutritivos. O pesquisador da Embrapa Agroindústria de Alimentos e também co-líder da Rede BioFORT, José Luiz Viana de Carvalho, detalhou a situação maranhense no cenário de insegurança alimentar..

O Maranhão é o estado com uma das menores taxas de desenvolvimento humano no Brasil. É um estado que carece de muita coisa, de saúde a nutrição. Por conta disso, foi o primeiro estado em que o BioFORT, há 10 anos atrás, começou a investir em uma maior articulação, desenvolvendo pequenas atividades, até chegarmos nesse momento. Agora, estamos auxiliando os produtores quanto ao armazenamento dos grãos.

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